Ramakrishna foi um dos homens mais iluminados que passaram por este planeta.
Sua relação com Sarada Devi, sua esposa, é um exemplo de amor incondicional.
Aos que não conhecem muito a história deste casal luz, não custa nada pesquisar e banhar sua alma com os seus ensinamentos. Todavia, uma parábola de Ramakrishna me chama a atenção: a da serpente no meio do caminho. Vou tentar reproduzi-la de um jeito mais simples:
Estava lá, a serpente, próxima a uma estrada de terra onde passavam as pessoas de um lado ao outro.
A cobra não deixava ninguém chegar perto e atacava a todos que se aventuravam a mexer com ela. Mostrava as presas, balançava o guiso e atacava a qualquer indício de comunicação.
Então, os transeuntes indignados foram a Deus reclamar da serpente. Como era possível um animal tão agressivo?
Deste modo, o Criador resolveu intervir e chamou o bicho para uma conversa. E ponderou que era preciso que ela fosse mais amável, mais solícita, mais amigável com as pessoas. Que tomasse cuidado, todavia, que fosse mais sociável. O animal comcordou com Deus e voltou ao caminho.
Com o tempo, as pessoas começaram a notar a diferença da serpente. Estava mais tranquila, mais simpática e acolhedora. Os dias foram se passando, e algumas pessoas malíciosas, percebendo o coração pacífico da cobra, começaram a provocá-la. Jogavam pedras, faziam armadilhas. A serpente sempre lembrava da conversa que teve com Deus e não reagia a nenhuma provocação. As coisas foram piorando. Malvados, a pisoteavam, outros chegavam a dar nó na coitada. Depois de muitos machucados, combalida e sofredora, a serpente resolveu a ter outra conversa com o seu Criador. Relatou tudo que estava acontecendo. Quantas humilhações!
E DEus em sua infinta bondade e sabedoria respondeu:
- Serpente amada! Eu apenas pedi para que você se controlasse, fosse mais amável, mais solícita. No entanto, eu também pedi que tivesse cuidado! Eu havia pedido que tu, serpente, fosses mais sociável. Mas, jamais solicitei que tu não te defendesses, que tu não te preservasses.
A moral e o espírito da história: Seja bom, jamais seja bobo.
Tantas vezes fazemos o papel da serpente tola. Deixamos, por coração, que os outros nos machuquem.
Nossa bondade começa com a nossa dignidade, preservação e equilíbrio.
Repita: Serei bom com os outros sempre, mas serei comigo também. Amarei aos outros, como a mim mesmo. E me preservarei e me defenderei das pedras, armadilhas e chutes do destino.
DEus não deseja que ninguém nos machuque.
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