Singrar o mar a todo vapor. Içar as velas, ajeitar a bússola e navegar oceano adentro.
Muitas vezes, o tempo está propício para se aventurar por terras ainda desconhecidas, principalmente em territórios que nós queremos conquistar. No entanto, o bom timoneiro tem que saber a condição dos ventos e das marés. E deve mudar o curso ou aportar sua nau num cais seguro.
Eu tentei conquistar uma terra, uma ilha paradisíaca com promessa de paraíso. Mas, as pedras, a ventania teimosa, os habitantes rebelados e ocultos daquela praia, não convidaram meu barco para ancorar. E eu fiquei lá tremulando as bandeiras, bebendo meu rum, esperando a hora certa de aterrar. O tempo foi passando e o velho pirata, com medo de motim, resolveu voltar seus olhos para outras ilhas. E assim, recuou mais uma vez...
Quem sabe na próxima viração... Quem sabe na próxima revolta dos índios na ilha... Quem sabe o governador incompetente daquela terra banhada por mar não seja deposto de uma vez... Quem sabe os índios tenham coragem de expulsá-lo...
Tenho que navegar. O oceano me convida para levantar as âncoras e partir de volta ao mar.
A ilha que mande seu sinal. Se eu estiver distante, adios.
Se eu estiver por perto, eu volto e finco meu mastro de uma vez.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!
Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...
-
Fãs da Paula Fernandes, para quem não conhece este é o poema que originou a canção. Depois, transformamos em letra com alguns ajustes. Espe...
-
Trata-se de uma viagem lisérgica que mistura rock, pop e new age, bem ao estilo apocalíptico do paraibano Zé Ramalho. Quando comprei o dis...
-
Muita gente já me perguntou se eu conheci algum Mago Negro , encarnado ou desencarnado. Eu já tive contatos com alguns ao longo da minha vi...
Nenhum comentário:
Postar um comentário