Ontem, ao assistir a mais um documentário sobre os ataques de 11 de setembro pude perceber algo que já havia esquecido. O teor patriótico pós-ataque. Ao invés de lamentar e chorar pelos seus mortos, os estadunidenses intensificavam seus sentimentos de vingança e tremulavam suas bandeiras da agonia. Nos escombros, um guitarrista imitava o solo genial de Jimi Hendrix, durante o Festival de Woodstock, quando o músico tocou o hino dos EUA entrecortado por bombas, manifesto contrário à Guerra do Vienã.
Lógico que não sou estadunidense. mas sou terráquio e, para mim, aqueles ataques foram um ato infâme e funesto. Não gosto de como os EUA se conduzem (iam?) frente ao mundo, mas também não posso achar normal estas manifestações espúrias e odiosas.
Todavia, é no mínimo desconcertante ver bandeiras e bandeirolas sendo hasteadas e empunhadas como sentimento de nacionalismo estúpido. O inverso também ocorre quando o mundo árabe "conquista" alguma morte inimiga. Vale lembrar que é este mesmo sentimento nacionalista extremado que provoca os atos terroristas.
Passaram-se 10 anos, e os EUA se vingaram do mundo árabe com duas guerras, invasões, mortes de líderes. Mas, com o dobro de baixas do seu próprio exército e uma recessão que os levou à maior crise da sua história depois do fatídico "crash".
Quem pagou o pato foi a população estadunidense.
Mas, que vingança é essa que bate no peito e leva o povo à miséria?
16.9.11
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