14.5.21

UMA PSICOFONIA NO MEIO DA NOITE

Estava só em casa, fechei os olhos e senti uma presença querendo passar uma mensagem por psicofonia. Liguei o gravador no celular. Essa é a transcrição. Mas nenhum nome foi passado. O que vale é o teor. Talvez sirva para alguém. Mas creio que serve a todos.  Não tem título....

A busca frenética pela vida. Pessoas que transitam tresloucadas. O medo que tece seu cenário em momentos de aflição. No entanto, ninguém olha para dentro de si e busca a centelha divina que crepita como uma chama no interior do coração. Aflições, desespero, derramamento de lágrimas, dores... As pessoas buscam desembarcarem suas angústias enterrando-se cada vez mais no lodaçal dos seus apegos. Libertem-se, óh homens!

Aquilo que se procura fora atolando-se nos desejos e nas tentações e na ilusão do sucesso, não passa de ilusão, posto que tudo é efêmero. Porque mesmo que um homem alcance o tão famigerado êxito pessoal, tudo isso tem prazo de validade, uma vez que o que se representa aqui na Terra não passa de um personagem na série infinita da vida. Este personagem que hoje veste esta roupa de carne e faz parte de uma novela, um dia perecerá, e o que restará? Só a alma, o espírito imperecível, aquele que jamais apodrece ou se desintegra. 

Livre das correntes, dos liames da carne, do denso, ele segue seu curso de volta ao lar, de onde saiu para viver suas experiências e burilar seu espírito. Tudo é transitório. Alegrias e tristezas, dores e prazeres...

No entanto, ao fechar os olhos da matéria, abrem-se os olhos do espírito e ali, do lado real da vida, é simplesmente onde a vida recomeça. Ali, ele pode enxergar as cores que jamais viu. Escutar canções que jamais ousou escutar, e perceber luzes onde havia uma mescla de sombras e lâmpadas, de sóis e tempestades. Ele vê um jardim imenso de matizes, ele sente os aromas das flores, e percebe o amor dos que sempre estiveram ao seu lado e que nunca, ou quase nunca, foram vistos enquanto ele vestia seu figurino. Este é o amor. O amor que serve em silêncio. O amor que opera na mudez. 

Tudo tem seu tempo de colheita. A intenção do plantio é livre. Arar a terra, jogar as sementes, cuidar, proteger e cercar... Vigiar e orar para que o tempo possa operar ao surgimento de uma nova vida. 

Como pode um homem semear atitudes de bom senso, pensamentos puros, sentimentos plenos e ações de benevolência e colher a escuridão? Se hoje, algo o incomoda, se hoje os espinhos perfuram a tua pele e rasgam a tua alma é porque atitudes pretéritas fizeram com que esta realidade dolorosa e sombria se fizesse presente. Mas, esquece! E segue! Livra-te das mazelas do passado. É aqui e agora, o hoje modifica o amanhã. Segue em frente  e enfrente o caminho com retidão, traçando a jornada da luz, ao encontro do amor próprio e ao próximo. Acolhe, abraça, oferta! E nunca cobra o seu amor. 

Deus está contigo. Tu és parte Dele. Esta parte que pertence ao Absoluto, ilumina! E quanto mais luz despende de sua alma, mais estarás perto do Criador. E as dores se cessarão. Encontra com o teu deus interno. 
No dia da tua partida, quando deixares este templo de carne, não penses que este deus, que faz morada em ti, sairá voando pelo espaço. Ele é parte de ti. Tu és Ele. Até um dia, que transcendas todos os teus desejos e vença teus desafios, silencie todos os medos. Assim, tu te tornarás UNO com Ele. 

Em nenhum momento da tua vida, na carne ou no espirito, a solidão te acompanha. Solidão é falta de sol e tu tens teu sol interno que esparge luz às estrelas. Deus está contigo. Ele jamais te abandona. Porque fazes parte da mesma luz. Compreende o estágio de cada ser que te acompanha neste planeta. Cada ser que frequenta a tua vida tem razão de ter surgido em tua existência, esse é o aprendizado. Então, aprende com ele. E perdoa. Mesmo que ele te fira com cacos de vidro e perfure seu coração, jamais revide. Oferta a outra face, serve de farol, mostra teu exemplo. Viva na retidão, com a cabeça erguida de um dever cumprido. E jamais esqueça que tu és livre! Permaneça com o coração e a mente acesa ao Criador.

Recebido espiritualmente por psicofonia
Desconheço o autor
Maurício Santini

Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...