28.3.16

CONSELHO DO PAI VELHO PARA A CRISE NO BRASIL


Amigos do meu coração.

Esse preto velho da roça foi chamado para dá pitaco sobre a situação do rincão docês. E lá vai nois de novo traveiz!

Ocês pensa que nois num tá vendo daqui do lado o que tá acontecendo? Nóis enxerga tudo e vai mais além. Nóis vê também as tramoia e as armadilha que o pessoar faiz aqui deste lado contra ocês. E tá uma luta danada, de tudo que é lado.

O pai velho aqui tá vendo tudo tumurtuado. Cada um defende seu lado com o espeto na mão, não qué nem escutá o que outro tem a dizê. É cego querendo guiá cego. Surdo querendo falá com surdo. E ninguém se entendendo em nada.

O ser humano tá sendo tratado como uma mercadoria de padaria: coxinha ou mortadela?  É como fosse uma briga de torcida de futebor na arquibancada, grita de um lado, grita de outro e não se ouve mais nada além de grito.

Um lado tem as pessoa que se diz mais religiosa, mas que não aplica em nada os ensinamento do Nosso Sinhô do Bonfim. O outro tem gente mais descrente e com reiva do Nosso Sinhô como Ele fosse o curpado.

Nois tá lembrando aqui das guerra religiosa como a tar de Inquisição que queimava os infié nas fogueira, com a cruz na mão, só porque não acreditava na Igreja.

E a gente daqui não pode tomá partido de lado algum, nóis tem que sê que nem aquele pai véio que aparta a briga dos fio.

A cunversa, o proseado, sempre foi a mior solução de tudo. Todo mundo tem um pouco de razão. Mas, não é no catiripapo e na pancaria que as coisa se resorve.

E se a gente vai defendê um lado aqui vai xingar nois também e não vai resorvê nada.

Então, eu quero pedi pros amigos e pros inimigo que, nessa hora, busque mais as coisa do Alto, da espiritualidade, da fé. Pros amigo que não acredita em nada, então que busque um pouco de paciência e compaixão para com o irmão.

Fé é confiança nas mão de Deus.

Ninguém tá com toda a verdade, lembra disso.

O que nois precisa é de unir as força para que o mior aconteça nesse rincão. E num pense que o mior é que ocê qué. Deus sempre dá um jeitinho de mostrá um caminho para as pessoa.

E pra acabá mais um pedido desse preto: - na crise se trabaia mais ainda e se deixa os outro trabaiá. Só assim nois sai dos pobrema. Nois tem que fazê a nossa parte, deixá que os outro façam a parte deles e o Nosso Sinhô cumpra o destino.

Ocês são irmão, não são produto de padaria.

Fiquem na paz e na luz do Nosso Sinhô do Bonfim

Pai Joaquim de Angola

22.3.16

O IMPEACHMENT, OS PARASITAS E A VICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Anos 70. Recordo-me da existência de dois partidos políticos na época: Arena e MDB. A Arena era a legenda da situação, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mais tarde apelidado de PMDB, fazia uma oposição branda, apenas reivindicatória. Era um partido parasita da situação.

Com a tomada do poder pelos militares, impulsionado pelo governo Lyndon Johnson (e não Johnson & Johnson que seria bem mais profilático) dos Estados Unidos, o Tio Sam dava as cartas por aqui.

Com a adesão ao pluripartidarismo, ao movimento das Diretas Já e da volta dos anistiados, o Brasil começou a respirar mais livremente a democracia. Os partidos comunistas (os dos devoradores de criancinhas), que eram demonizados, podiam, ao menos, coexistir. 

Passaram os milicos. E o Presidente Figueiredo, que abominava o Paulo Maluf, apostou firmemente na opção de Tancredo Neves (ah o velho e bom oportunista de São João Del Rey) para o governo de transição. O que ele não esperava é que Tancredo não assumisse a presidência, não por divergências, mas por diverticulite. A Rede Globo transmitiu o féretro com pompas de herói nacional. Emocionei-me de fato. Ilusão de ótica. 

Para quem sobrou o governo? Para o “coronel” José Sarney, que havia sido presidente da Arena e mais tarde migrou ao PFL, e depois se converteu ao PMDB. O parasita se hospedara pela primeira vez na Presidência da República. Seu governo foi notório pelo maior índice de inflação que eu pude acompanhar no Brasil nesta encarnação: mais de 80% ao mês. Naquela época a palavra Impeachment era desconhecida...

Os marajás (e não os mahas atmas, que são grandes almas na Índia) sugavam a máquina do governo e esse foi o mote principal do caçador Fernando Collor de Melo, que venceu as eleições, bancado pela Rede Globo, desbancando o “sapo barbudo” operário e nordestino. Não demorou muito, e num dos seus surtos de paranoia, o engomadinho dono da comunicação alagoana, sequestrou todo o dinheiro dos brasileiros, naquele fatídico empréstimo compulsório. Assim, os “caras pintadas” foram às ruas e Collor levou uma sonora bota do Planalto.

Para quem sobrou o governo? Para o topetudo do PMDB, Itamar Franco. Novamente, o partido parasitário tomara o poder hospedeiro. Até agora não sei o que ele fez no governo, não há registros de sua passagem por Brasília... Só sei que os índices inflacionários eram grandes e o desemprego crescente.

Passamos então, à Era Neoliberal da privatização tucana de FHC. Os votos para a sua reeleição foram comprados e tivemos mais quatro anos de tucanato. O PMDB estava minguando, minguando...

Depois, vieram os governos progressistas do “sapo barbudo”, cujos números da economia no país são ainda imbatíveis. Até chegar ao governo histórico da primeira mulher como chefe executiva da pátria, a mátria! 

O primeiro mandato de Dilma Rousseff deu continuidade às políticas sociais de Lula. No entanto, a crise mundial que, como um tufão, já deixara rastros de destruição na Europa e nos Estados Unidos, deixou de ser uma marolinha para transformar-se num furacão recessivo. E o Brasil mergulhou de fato e fundo na crise. E, como não poderia deixar de ser, a mulher foi condenada à crucifixão, à morte no Golgota por corrupção sem provas. Centenas de políticos envolvidos, de diversas siglas partidárias, em escândalos de desvios de dinheiro e propinas, e a “terrorista e vagabunda do estádio de Itaquera” foi condenada, sem julgamentos, à execração pública.

Hoje, uma comissão eleita para julgar o processo de Impeachment de Dilma, com nomes “probos” da política nacional como Paulo Maluf e Eduardo Cunha, trabalha incessantemente para aprovar a sua expulsão, a que chamamos carinhosamente de Golpe.

Se aprovados todos os processos, a presidenta Dilma será a primeira líder de uma nação, que será escorraçada do poder sem que se prove improbidade administrativa ou envolvimento com corrupção. Exclusive as doações de empreiteiras para as campanhas políticas, prática nefasta que só uma reforma política aniquilará, e que a presidenta Dilma se propôs a realizar, sem apoio. E as empreiteiras que deram dinheiro à sua campanha? Ora, eu não conheço nenhuma candidatura que não receba doação de campanha. Isso é que, na verdade, sustenta políticos profissionais especialistas em candidaturas como, por exemplo, o caricato Levy Fidelix e o democrata cristão José Maria Eymael. Reforma Política já!  

O Brasil já esteve em crises muito mais devastadoras do que a atual e, nem de perto, foi aventado o Impeachment. Este golpe político e vestido de constituição é uma afronta à vontade soberana do voto da maioria da nação.

E, mais uma vez, vai sobrar para quem o governo? Para o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, do PMDB, partido parasitário brasileiro que hospedará nomes como Armínio Fraga, Sergio Moro, Gilmar Mendes e José Serra.


Como isso dá certo!  

Mais uma vez, o Parasitismo pode ofertar ao PMDB, a Presidência da República. Certamente, nos próximos anos, eles disputarão as eleições para a Vice-Presidência do Brasil!  

10.3.16

MANIFESTAÇÃO ESPIRITUAL PARA O BRASIL

Não tome a tua verdade como se fosse a verdade absoluta. As verdades relativas são meias verdades e não representam verdades absolutas.

O Brasil atravessa atualmente uma das suas piores crises, todavia as piores crises são as íntimas e emocionais.

Já se deu conta que a crise econômica e política de um país pode ser um reflexo da tua crise interna de valores, de caráter, de alma?

O fora reflete o que está dentro. A crosta demonstra o núcleo. E o exterior é uma parca visão do interior.

O que está em jogo no Brasil não é o posicionamento político e sim, o bom senso, a atitude pacífica e democrática, o respeito. Não se aquilata reverência vociferando contra os outros. Gritos e pancadarias nunca foram sinônimos de vitória. As maiores revoluções se deram com atitudes e exemplos de paz.

Seja contrário ou a favor, defenda democraticamente a tua opinião sem impor nada. Afinal, como disse o músico baiano, todos são uma metamorfose ambulante e podem mudar o discurso no meio do caminho.

Jamais aponte o dedo ao teu irmão! Quando você aponta o indicador, outros três dedos estão voltados a você.

A manifestação é livre, o ódio é detento do mal.

Se você acha que tem razão, aja com a razão e não com a loucura!

O que importa são os valores humanos edificados pelo Alto.

Se você é ateu, pense no amor a ti mesmo e ao próximo, isso basta. Saiba que amanhã teu filho pode estar no lado contrário do teu pensamento.

Se você é religioso, então respeite a fé dos outros. Não é tão somente o teu templo que está aberto à Verdade. Deus está presente no Universo e não só na tua igreja.

Não estamos numa arena como antanho. Nem as avenidas e ruas tampouco são coliseus.

Não vá na festa dos outros para atear fogo na mesa. Respeite as opiniões contrárias à tua. Manifeste-se livremente, deixe os outros livres e procure a tua tribo. Respeite a aldeia do vizinho.

Não queira forçar uma situação, deixe que o curso do rio tome movimento.

As sombras se revelam com a luz e não com mais sombras.

Portanto, ora, medita e jorra mais amor ao mundo para que as mudanças aconteçam naturalmente.

Todavia, toda e qualquer mudança começa por ti,

A melhor manifestação é a reforma do teu íntimo.


Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...