17.8.17

EXTREMA ESQUERDA E EXTREMA DIREITA SÃO ALMAS GÊMEAS

Extremidades são perigosas. E para elas, o remédio está no conceito do Buda: "se afroxarmos as cordas elas não tocam, se esticarmos demais, elas estouram".

O mundo vive um momento de extremismo político ideológico. Mas, em verdade, em verdade vos digo que a extrema esquerda e a extrema direita são almas gêmeas! Ambas contam com filhos radicais, fanáticos, intolerantes. É preciso ter Viveka (Discernimento, em sânscrito) e Satva (Equilíbrio, também em sânscrito).

Os dois extremos não toleram a liberdade religiosa. As duas extremidades são armamentistas, vide o exemplo do III Reich alemão com o mais recente exemplo da Coreia do Norte, sem mencionar Stalin e Mao Tsé Tung. As duas pontas são ditatoriais. Por isso, há tanta balbúdia... Gente que confunde o extremismo de direita no estado de supremacia e totalitarismo germânico de Hitler com a extrema esquerda socialista da China ou da extinta União Soviética.

E o comunismo, meus caros amigos, este só existe no papel, ainda nem foi adotado.

O que eu defendo, como ponto de vista político, é uma nova esquerda com estado laico, democrática, desarmamentista e tolerante. Uma espécie de neo-comunismo onde se respeite as diferenças filosóficas, onde o povo tenha voz, onde as comunidades sejam auto-sustentáveis e onde se possa discutir, com toda a sociedade, questões como aborto e liberação do consumo de drogas. Sem extremismos.

O mundo precisa sentar e conversar.


15.8.17

EM TERRA DE GENTE NA MÉDIA, NINGUÉM É SUPERIOR

Há alguns anos atrás, um rabino declarou que os acontecimentos fúnebres arrolados contra os judeus, ao longo do tempo, poderiam ser a resposta de um carma coletivo (que eu chamo de policarma). Logicamente ele foi execrado pela comunidade judaica.

Quem consegue enxergar com os olhos da alma, do coração e da espiritualidade, sabe que há razões holísticas diversas, entre as coxias e os bastidores da vida, para que algo tenha acontecido. Não é abandono de Deus, é apenas CARMA, ação e reação.

O mundo avança para manifestações sombrias e iluminadas. Ao menmo tempo, onde há um justo combate contra os preconceitos, há uma passeata que defende o nazismo e a supremacia branca.

Como esperar que este padrões cheguem ao fim, depois de encarnações e encarnações embutidos na alma humana?

Eu, adulto, macho, branco, nascido na década de 60, fui criado sob um padrão, um conceito. Venho quebrando os paradigmas desta educação. E muitas vezes sou criticado por isso. Mas, como obrigar as pessoas a pensarem diferente já que, durante anos e séculos, pensavam de uma forma? Essa é a luta! Trazer luz, e não escuridão.

As conquistas devem ser saboreadas pouco a pouco e temos que respeitar o tempo de cada um e suas limitações. Isso não significa que temos que aplaudir manifestos fascistas ou supremacistas, nunca! Mas, como enfiar na cabeça de um homem ou de uma mulher que o conceito que ele tem sobre as raças humanas, as mulheres, o homossexualismo, estão totalmente equivocados? Com Luz.

Paralelamente a isso, percebo um exagero colérico na luta de algumas causas. Muita gente confundindo luta por um ideal com verdadeiros ringues de conflitos e guerras entre as diferenças. Nesta Terra, de gente na média, ninguém é superior!

Edouard Shuré, filósofo francês, que escreveu Os Iniciados, fala sobre um tempo em que a raça lunar, totalmente negra, subjugava e escravizava os homens da raça solar, que era integralmente branca. E passaram centenas e centenas de anos, acorrentando... Um erro justifica o outro, não! Mas, infelizmente, o racismo não é atributo apenas dos brancos e sim, uma manifestação odiosa incrustada na alma dos homens de todas as raças. Logicamente no Brasil, percebemos um racismo bem mais evidente dos brancos contra o restante das raças, inclusive contra os índios. Mas, nos países orientais como as Coreias, China e Japão, por exemplo, os amarelos contam com manifestações ruidosas de racismo. E na África subsaariana, com a maioria negra, há um racismo feroz contra os brancos.

Racismo é a manifestação mais profunda da ignorância da alma humana que cisma em se identificar com o corpo.

Uma outra ótica espiritual: atravessamos encarnações em diferentes peles e geografias. Hoje sou congolês, amanhã, austríaco, para, depois de amanhã, ser nepalês. Portanto, o racismo é uma identificação estúpida da derme. E não somos a derme, somos almas.

Houve também registros de sociedades matriarcais que submetiam os homens ao cárcere. No entanto, os machistas que reinaram, e ainda tristemente dominam, além dos misóginos, também desconhecem, com obscuridade, a realidade espiritual. Sabemos que o espírito não tem sexo. Podemos nascer mulher, homem, bissexual, homossexual, heterossexual... E assim foi ao longo de toda a nossa história. Quantas vezes fomos gays em Roma e na Grécia? Como julgar então a opção sexual se somos uma somatória delas? E como ter raiva das mulheres e conceituá-las inferiores se nós mesmos já fomos mulheres e temos um grande percentual, até hormonal, feminino? E vice e versa...

Apoio com determinação às causas que lutam por um mundo mais justo e equilibrado. Mas, não contem comigo para incitar ódio contra as minorias ou as maiorias. Não se combate sombra com sombra. Precisamos de manifestos de amor e de sabedoria.

Sim, podemos, as vezes, expressar nossos sentimentos com mais veemência, mas se usarmos o ódio e a intolerância contra as diferenças, estaremos usando as mesmas armas e sendo exatamente iguais aos que combatemos.






Uma alma não faz aniversário. Almas não nascem, vêm nascidas pela eternidade.


4.8.17

A AÇÃO DO CARMA NOS TEMPOS DA TEMERIDADE


O conceito de Carma, curiosamente, não abrange apenas um indivíduo, mas sim famílias, grupos, cidades, países e até planetas.

Sabemos que toda a ação gera uma reação. É certo que o Brasil atravessa um dos períodos mais sombrios de toda a sua história. E quem há de negar que esta crise não foi fomentada muito antes de sua fundação?

Cristóvão Colombo e, posteriormente, o grandalhão Pedro Álvares Cabral, invadiram estas terras em busca de supremacia. E assim, promoveram verdadeiros massacres às populações indígenas locais. Estupraram índias, assassinaram pajés, aniquilaram toda a cultura de um povo. A própria catequese já foi um estupro.

Com o passar dos anos, já colônia de exploração, este país virou cenário dantesco de atrocidades cometidas contra os negros africanos. A escravidão pesa mais, ao carma nacional, que as correntes de ferro que marcavam, com sangue, os punhos, os tornozelos e os pescoços de toda a raça negra. Fomos um dos últimos países a abolir a escravatura! Que vergonha!

Daí, vieram os imigrantes que foram absurdamente explorados pelos senhores de engenho. Salários de fome.

E a ação dos bandeirantes então que, inexplicavelmente, ilustra com figurinhas patéticas os livros de história? Lendas mentirosas de atos heroicos inexistentes ocultam genocídios, assassinatos, dizimações. Mercenários e bandidos sanguinolentos viraram nome de estradas e de ruas.

A Inconfidência Mineira, cantada em verso e prosa, não passava de um movimento de uma elite cansada de pagar altos impostos à Coroa Portuguesa. Até aí, tudo bem. Mas, o final foi melancólico. Enquanto, Tiradentes, um dos únicos inconfidentes a participar do movimento por ideologia de liberdade, era enforcado e esquartejado, e Cláudio Manoel da Costa, era morto por estrangulamento (e colocaram a culpa numa cordinha, assim como fizeram com Vladimir Herzog), a elite foi deportada para os países africanos e tem gente que até refez sua vida por lá...

O Brasil já cometeu tantas atrocidades... Canudos, Guerra do Paraguai...

A Proclamação da República foi feita a partir de um golpe militar. E foi eleito cada presidente...

Em 1964, a tradicional família brasileira marchava pela moral e pelos bons costumes... O motivo? Perseguir os comunistas, como se fossem animais predatórios! O presidente dos Estados Unidos bancou o advento do golpe militar no Brasil, e lá se vão os nossos artistas, poetas e intelectuais...

Ditadura, censura, perseguiçôes. Mortes inexplicáveis...

Matamos índios, negros, mulatos, sem terra, líderes sindicais, ícones do ambientalismo e até freiras...

Somos a Pátria do Evangelho que lê, ocultamente, o "Mein Kampf".

Muita calma. Estamos em plena ação do Carma!

O que o Brasil está passando, nestes tempos de Temeridade, nada mais é que o resultado do que foi um dia e do que fez antes, e do que ainda não aprendeu.






1.8.17

BAIXAS DE GAZA


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Como pode teus filhos matarem por pedaços de chão?
Como pode meu pai Abrahão?
A quem rogo: Alá, Jeová, Maomé, Moisés, Yavéh?
Qual terra que ferve em brasa e me arrasa a fé?
Com um pé na faixa de Gaza e outro em Nazaré.

Qual Deus pode salvar todas as tribos de Israel?
Diz-me quem, ó mesmo pai de Isaac e Ismael?
Crianças jazidas na terra onde jorra o leite e o mel?
Que amargo escorre dos olhos em gotas de sangue e de fel!

*Ah Jerusalém, quantas vezes eu quis juntar teus filhos, mas tu não quiseste!
Vidas secas no chão de um Jordão sem amor, nem agreste.
Ah Jerusalém!
Há vida depois da vida, mas não há terras no além! 

Racha os muros de Jericó, segue a estrela de Belém.
Abre as ondas do mar, inaugura de vez tua nação.
Mas, rega a flor do deserto do teu fértil coração.

Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...