8.12.20

Neste ano, ilumine ainda mais o seu Natal

 


Este ano, por mais que as nuvens cinzas tenham pairado pelos céus da Terra, acendam as luzes de natal em suas casas. Toda vez que uma luz se acende, mesmo que seja no plano físico, uma luz espiritual é ligada e seus raios podem dissipar a escuridão.

Montem as suas árvores, galho por galho, enfeite por enfeite, pisca-pisca. Visualize que elas representam a árvore da vida que oferta seus frutos à humanidade.

Festões, guirlandas com pinhas, presentes multicoloridos, meias de lã, trenós dourados não trarão espiritualidade a ninguém, mas trarão alegria e conforto a quem precisa. A simples atitude de iluminar e celebrar, com matizes e luzes, a vinda do Mestre Jesus já é capaz de mudar o rosto de uma criança e conferir aconchego às almas aflitas.

Mesmo que este vírus persista em ficar por mais uma temporada, persista na atitude de proteger a si e aos seus, mas não deixe de viver suas fantasias, seus sonhos, a magia de uma noite de natal.

Papai Noel existe sim, e não é só na imaginação. São milhares e milhares de espíritos que se vestem do Pai Natal para visitar os sonhos das crianças. Alegoria, fantasia transmutada em esperança e felicidade.

Ei você, que anda desanimado com tantos problemas que o mundo está enfrentando nesse momento. O que adianta desistir? Tá na hora de mudar o rumo do seu pensamento. Tomar uma atitude! Viver um Natal ainda mais feliz, celebrar, colorizar cada passo, festejar com moderação.

Enfeitar fora para depois aceitar um ano novo dentro de você.

Desespero se combate com esperança; desânimo com energia; tristeza com fé em dias melhores.

Neste natal, a vida de cada um é o melhor presente. Desembrulhe e descubra a dádiva de estar vivo.

 

27.11.20

Faça uma dieta em seu preconceito

 


Por que você se incomoda tanto com o peso dos outros e não com o peso da sua própria consciência?

A alma pesa arroubas quando os pensamentos são impuros e as atitudes são funestas.

A camada adiposa no espírito não é queimada com nenhuma dieta.

Você faz chacota com a estética alheia, mas esquece que a beleza se esvai um dia. Isso sim é gordura no cérebro.

Então, por que não emagrecer seu preconceito e dar leveza ao seu espírito?

Corpo é transitório, a alma é imperecível.

O importante é nutrir sua mente e seu coração de pensamentos e sentimentos mais leves.

O pão crístico da vida não engorda.

13.10.20

O Cristo e os cristãos

 


Ele transmutava água pútrida em vinho da melhor safra

Você transforma um copo d`água em tempestades

Ele andava sobre as águas para jorrar fé aos homens

Você se afunda no mar de lama das suas descrenças

Ele multiplicava os pães e os peixes para saciar a fome e a sede do povo

Você tem sede de vingança e multiplica seus pensamentos impuros

Ele curava os cegos de nascença

Você turva sua visão com sua cegueira consciencial

Ele limpava os leprosos

Você suja as pessoas com suas maledicências

Ele acolhia as crianças e os mendigos

Você mata sua criança interior e alimenta seu coração de preconceito

Ele livrava os cochos de suas muletas

Você usa muletas para estancar seus passos na incompreensão

Ele chutava as barracas dos vendilhões do templo como forma de protesto

Você agride aos outros para vender os produtos da sua mediocridade

Ele oferecia a outra face

Você esbofeteia sem pensar duas vezes

Ele ressuscitava os mortos com seu sopro de luz

Você morre a cada instante mergulhado em suas sombras

Ele foi humilhado, espancado, chicoteado, agredido apenas por amar

Você se violenta e surra o próximo com suas atitudes nefastas

Ele caminhou com a cruz pela Via Dolorosa para salvaguardar o amor

Você estaciona sua vida pela via dolorosa da ignorância

Ele foi crucificado porque tentou mudar o sistema

Você crucifica aquele que tenta mudar o que está errado

Ele largou seu pano fúnebre e removeu a pedra do seu sepulcro

Você se enterra cada vez mais na cova do seu desamor

Ele subiu aos céus para retornar à verdadeira morada

Você desce aos infernos de suas mentiras e das suas ações inclementes

Ele serviu à humanidade

Você usa Seu nome para prestar um desserviço aos homens

Ele morreu por você.

Você é capaz de matar em nome Dele.

Ele conhece tudo de você

Você não sabe nada Dele.

Ele não era cristão

Você é.

E isso faz toda a diferença...

 

 

 

 

8.10.20

A religiosidade fake e os rituais de amor a si e ao próximo

 


Você acende incensos pela casa, mas esquece de acender seu coração. Fica aquele odor gostoso de massala queimando, mas sua aura continua inodora. A fumaça sobe pelo ar, mas você continua plantada na ignorância.

Você pega o terço, a japamala, a cruz, a Bíblia, o Corão, o Talmud e ora ardentemente para auferir benefícios. Tudo bem, faz bem ter fé. Mas, o que adianta pedir, pedir, pedir e não servir, servir, servir? Suas palavras até podem chegar aos ouvidos divinos, mas suas ações também chegam às hordas infernais.

Você sai cantando mantras para Krishna, mas sua alma silencia diante das aflições dos que estão ao seu lado. Que alegria aparente é essa que joga loas a símbolos religiosos, mas não é capaz de levar um pouco deste contentamento a quem te rodeia?

Você se senta em frente à imagem do Buda em lótus. Coça a barriguinha dele, o coloca de costas para a porta e pede prosperidade. Não há mal desejar ser próspero. No entanto, você também fica de costas para as pessoas que precisam de você e é incapaz de ter equilíbrio e dividir o que tem com alguém.

Você diz ter Jesus no coração, vai na missa ou no culto, usa o nome do Mestre para nortear sua vida. Mas, é o primeiro a atirar a pedra a quem erra, dar sermão e ficar na fila dos que julgam e condenam. Crucifica com pregos viscerais a quem não segue a sua cartilha bíblica e hipócrita.

Você que vai nos terreiros de Umbanda, nas roças de Candomblé e incorpora sua verve assistencial. Roda, gira, recebe, atende... Mas, quando sai de lá faz os outros rodarem com a sua insensatez e, ao invés de receber, tira e não atende aos menores apelos.

Você que guarda o shabat, lê o Torá de traz pra frente e encosta sua testa em seu muro de lamentações. É salutar guardar as tradições. No entanto, você também guarda apenas para si o seu amor e destila lamentações para todos os lados. Às vezes, ajuda somente aos seus, e esquece que a humanidade é UM TODO.

Fé não é somente pedir e lamentar e sim, confiar nos desígnios do Altíssimo. A fé deve estar acompanhada de bom senso, verdade e compaixão. O exercício da fé e a academia do amor são portas que se abrem ao Infinito.

Você não precisa fazer rituais para encontrar a Deus. Ele está dentro de você e você precisa encontrá-lo com o coração limpo, pensamentos puros, atitudes equilibradas e amor próprio e ao próximo.

Exercite tudo isso e continue seus rituais.

 

 

11.9.20

O MANTO AZUL DA MÃE

 


O manto azul da Mãe

Nos momentos de aflição, coloco-me em teu colo, ó Mãe.

Como em Pietá de Michelangelo, estarei em teus braços consoladores.

Ontem estive angustiado, tomado pelas dores do mundo

Recorri às tuas mãos beatíficas

E recebi teu manto azul sobre os meus ombros

Como um relâmpago de bondade, teus raios de compaixão vieram ao meu socorro

Renascido sob o dia da tua ascensão, sou teu devoto, Mãe Divinal.

Não existe candura maior do que as tuas mãos.

Recebeste em teu ventre, o Mestre, o irmão paterno de todos nós.

E a tua aura expandiu-se ao Universo, e foi ser mãe das estrelas.

 

Este verso sem rimas serve como uma prece.

Filhas e filhos aflitos do mundo!

Clamem pelas hostes de Maria e agradeçam por tê-la como amparo e proteção.

Sintam sua presença e não esqueçam de abraçá-la e beijar sua fronte.

 

Ó Mãe, Divina Maria, joga teu manto azul sobre nós!

17.8.20

JESUS FAKE

Jesus Fake 
por Maurício Santini 

Que Jesus é esse que julga o próximo com perdigotos de ódio? 
Que espécie de Jesus é esse, que espia a vida dos outros com olhares de acusação? 
Onde será que acharam este Jesus que condena, que seleciona seus filhos, que vocifera contra os pecados? E que usa a prece como ferramenta de condenação? 
De onde tiraram este Jesus que censura, proíbe, que impõe culpas e castigos? Que golpeia a cabeça dos cristãos com a madeira da cruz? 
Um Jesus pudico de hipocrisia. Casto de mentira. Apudorado de falsidade. 
Um Jesus criado pela mente doentia dos fiéis pudendos e sem máculas... 
Um Jesus fabricado pela indústria bíblica das sombras. 
Eu desconheço este Jesus que provoca seus devotos a orar pela conserva de um feto, fruto do estupro de uma criança. 
Que não se compadece, que não compreende, que não perdoa... 
Mestre, o que fizeram com o Teu nome? 
Como é possível que apenas seus seguidores não entendam sua mensagem? 
O que será preciso? Que um dia o Senhor retorne à Terra para o destruírem novamente? 
Rabi, Rabi, Rabi... Perdoai, teus filhos, de fato, não sabem o que fazem.

29.6.20

HOJE, KRISHNA VARREU O MUNDO DE AZUL

Uma onda azul, como um tsunami anil, varreu o planeta Terra da luz de Krishna.
Onde se escutavam gemidos, onde se ouviam lamúrias, onde a tristeza grassava, o azul inundava com cheias de amor.
A humanidade pranteia os que se vão neste momento, muitos paralisam com medo. Outros se entregam à tristeza.
Mas, este azul sereno, como uma enchente de luz, envolve ternamente em seus braços toda a aflição.
Chuvas de Mayur, penas translúcidas de pavão, cores de Gopala. Tons de Govinda.
De longe, e tão próximo, escuto sua flauta, Murlimanohar! São cânticos inaudíveis pelos ouvidos e, de tão sonoros, são auscultados pelo coração. Notas que fazem tremer as pautas, as portas, os portais.
Talvez você não consiga enxergar ao Hari, talvez nossos olhos não alcancem tanta luz.
Mas Ajaya, que vence o pavor da ilusão da morte, sempre vem em silêncio.
E de repente, a humanidade encontra forças para prosseguir...

Meu amado, explendor do mundo, sua humildade nos comove!
Tanto ouro, tanto brilho, tão azul e dourado...
Todo ornamento não vem tão somente das tuas vestes e adornos, vem da Tua Alma.
Essa mesma Alma que dia após dia ilumina, como um farol, ao mundo.
Gratidão! Apenas esta palavra meu coração consegue expressar nesta hora de dor.


* Mayur - Senhor
que tem uma pluma de pavão na Sua coroa * Murlimanohar - Deus que toca flauta *
Ajaya - O vencedor da vida e da morte * Hari - referência à Krishna, Senhor da
Natureza

12.6.20

PERDI A GRAÇA, GRAÇAS A DEUS!

Eu já fiz piada de preto.
Já fiz chacota de gay.
Já contei anedota de lésbica.
Já caçoei de nordestino.
Já fiz pilhéria de mulher.
Já dei risada de gordo.
Até que um dia eu acordei e perdi totalmente a graça.

27.5.20

Soneto ao Jesus Menino

Soneto ao Jesus Menino
Em homenagem à mensagem de Andrew Jackson Davis transmitida pelo Prof. Wagner Borges

Ele não está apenas de braços abertos sobre a Guanabara*
Muito menos de braços cruzados assistindo a agonia
Ele está na mudez, no grito, nos rincões onde o amor escancara
Onde se varre o medo e explode o degredo desta pandemia

Está nos leitos, nos corredores estreitos dos hospitais lotados
Está no peito, na causa/efeito dos corações contaminados
Está no seio da família, no meio da homília de um porto de partida
E sabe que a morte nada mais é do que a volta à eterna vida.

Pense Nele não como um ser intocável, inerte e distante
Sinta-o presente, afável, pulsante em seu coração brilhante
E diante da dor, Confia Nele as rédeas do seu inefável destino

Pense em Jesus como o amigo palpável da humanidade
Pense em Jesus como um portal viável à eternidade
E em Espírito e Verdade, Pense em Jesus como seu fosse um simples menino.
*Alusão à canção “Samba do Avião” de Antônio Carlos Jobim

6.5.20

Só o bom combate pode mitigar a atuação dos planos nazifascistas do astral inferior no Brasil


Fevereiro de 1979. O corpo de Josef Mengele, médico do campo de extermínio de Auschwitz, é encontrado na praia de Bertioga, litoral de São Paulo. Quase 35 anos depois do último suspiro da Segunda Guerra Mundial.

Em outubro de 1946, o ministro das Relações Exteriores do III Reich, Joachim von Ribbentrop foi condenado à morte pelo Tribunal de Nuremberg.
O que eles têm em comum, fora o fato de terem sido parte integrante do exército nazista em meados do século XX? Os dois vieram parar no Brasil. Um, com missa de corpo presente, viveu uma vida bucólica, salgada pelas ondas do Oceano Atlântico. Outro, reencarnou no Brasil, quase dez anos depois do seu desencarne por enforcamento.

As repúblicas da América do Sul, entre ditaduras e simpatizantes, foram cenário do alastramento do nazifascismo nos anos 30 e 40. Buenos Aires, capital portenha, foi o principal reduto sul-americano da ideologia nazista. Estados do sul do país, como Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, contavam com núcleos consideráveis do pensamento hitlerista, até por conta da imigração ítalo-germânica nestas regiões.

No entanto, tudo isso ficou no passado? Engana-se quem afirma que sim. Estes grupos continuam vivíssimos, muitos atuando pelas “deep webs”, e ameaçando a democracia do continente. No Plano Astral mais denso não poderia ser diferente. Aproveitando o necro mediunismo dos seus “enviados”, estes grupos, teleguiados, buscam a supremacia do seu pensamento ideológico baseado no ódio de classes e nos preconceitos racial, político e de gênero.

Eu mesmo já recebi diversas ameaças da chamada “Supremacia Branca” por e-mail. Mas, não posso deixar de “alertar”, aos mais desavisados, o que sei dos bastidores da espiritualidade para que este planejamento diabólico se efetive de uma vez por todas na América Latina (aliás, a bola da vez do avanço nazifascista).

Não pensem que estes grupos não contam com lideranças extremamente inteligentes. Eu já conheci a ação de alguns “magos” sombrios e, jamais vou desprezar seus poderes de estratégia e persuasão. Aliás, os respeito porque são bem mais unidos e determinados que muitos devotos da espiritualidade da luz.

Os anos 60 foram cruciais para a propagação destas sombras no continente americano, principalmente no Brasil de Mengele, que veio para cá abrir energeticamente a porteira do inferno. Com o desencarne do médico (monstro), o movimento umbroso perdeu um pouco da força. Curiosamente, em agosto de 1979, ano da morte de Mengele, o presidente João Baptista Figueiredo, assinou a Lei da Anistia.

Os anos 80 e 90 marcaram processos de abertura política no Brasil, com manifestações para as eleições majoritárias (Diretas Já). Os direitos de greve foram assegurados e a democracia se consolidou por estas bandas. No entanto, para este grupo macabro a palavra “democracia”, ou o poder que emana do povo, é um acinte, uma ameaça à soberania de seus ideais. Basta estudar a fundo a proposta de seus evangelhos fúnebres e ler as “obras guias” dos seus propósitos como, por exemplo, o Mein Kampf de Adolf Hitler, para saber que o Brasil estava indo longe demais...

Não quero me alongar muito, mesmo sabendo que meu texto não deverá “virilizar” pela internet. Mas, este plano das sombras, patrocinado pelas lideranças funestas de camadas tenebrosas do chamado Umbral espírita, está a todo vapor! Por aqui, eles desembarcaram e, atualmente, contam com representantes nas três esferas de poder. E chegaram ao ápice, no cume da montanha lúgubre.

E toda a propaganda diária que fazem de suas aberrações é proposital, principalmente calcada na difusão de notícias falsas, além da reafirmação arrogante e vomitiva da sua autoridade. Dizem que o diabo é o pai da mentira e, para estes grupos, este artefato é estratégico. Por estas bandas, a cultura, o hábito de leitura e a curiosidade história, nunca foram pontos fortes. O brasileiro é um tanto indolente nestas questões. Prato cheio para as ações trevosas, que se aproveitam da ignorância preguiçosa de um povo para incitar violentas (falsas) indignações vestidas de um desvairado e cego patriotismo.

E não se iludam! Estes grupos que chegaram ao poder desejam a perpetuação do seu poderio por meio de suas dinastias. Obviamente, a democracia pode impedir este planejamento. Então, nada mais auspicioso que promover uma ditadura (defendendo, para “inglês ver”, a democracia acima de tudo), com o velho mote do combate à corrupção (sem, deve ser combatida, mas não a deles..), austeridade e, principalmente, tendo profetas e santos na linha de frente do seu combate. Até o próprio “Deus”, segundo eles, nesta luta, está com eles. Isto é, nada melhor para o diabo se Deus estiver ao seu lado!

O grande problema disso tudo é que, apesar da união de propósitos, as “consciências sombrias” SEMPRE acabam se implodindo por questões de vaidade e poder. É cobra engolindo cobra.

É aí que entra o Mahabharata de Krishna e Arjuna na luta entre os pandavas e kauravas. Usar as ferramentas da luz para dissipar as trevas. E a luz não usa apenas palavras e atitudes de carinho. Pode usar as flechas da coragem, determinação e do discernimento, as setas do conhecimento (educação) e da sabedoria e a armas da compaixão e do amor ao próximo, assim como uma elevada dose de autoestima.
Sombras se combatem com Luz.

É chegada a hora de travar o “bom combate”. Buscar a oração e a meditação para abrir os caminhos. Mas, jamais nos “acovardar” nas covas do medo e da ignorância que embotam a mente e fazem com que sejamos integralmente manipulados.

Façamos como o Mahatma Gandhi, por exemplo, que usou seu ahimsa em nome da libertação da Índia.

Vamos lutar, empunhando espadas de luz, assim como no Star Wars, utilizando o bom senso, a inteligência e o amor por nossa terra transitória nesta encarnação.

Entretanto, há um componente essencial para que possamos triunfar neste intento: a coragem. A palavra “coragem” vem do latim cor + aggio e representa “agir com o coração”.

Está mais do que na hora de agirmos com o coração (coragem) para salvar o Brasil e o mundo em que vivemos.







17.4.20

Poema de volta à vida


Poema de volta à vida
Por Maurício Santini
Sob inspiração de Gibran Khalil Gibran e Rabindranath Tagore

Quando tudo isso acabar, não poderei me acabar de fazer as coisas que deixei de fazer.
Eu não tenho pressa, tenho prece.
Vagarosamente, vou sair às ruas, com o rosto voltado ao vento e deixar a suave brisa da manhã bater em meu rosto.
Vou levantar meus braços aos céus e saudar os raios de sol. Simplesmente aquecer meu coração com as labaredas do Universo.
Sabe o sabiá laranjeira que fica em cima do meu muro? Vou apenas escutar seu canto.
Andar assim, a esmo, sem direção, dirigindo os meus pensamentos à oportunidade de estar entre os que mais amo.
Vou partir para o mar, mas nem vou pular as ondas... vou deixar que elas batam em meu corpo como uma forma de saudação.
Posso até sentir o gosto de sal, mas serei doce comigo mesmo.
E não me esquecerei de fincar bem meus pés na areia.
Subir ao mais alto cume da minha alma e vislumbrar as montanhas, notar os desenhos que se formam pelos caminhos de terra.
Lá do alto vou respirar o ar gélido dos montes, e aos montes, vou suspirar o alívio da volta à vida.
Eu não posso voar de dia, só a noite pelos sonhos, mas meus olhos alados, como um drone, darão rasantes pelos telhados das casas.
Entrarei em cada templo, cada igreja, cada púlpito, cada altar e voltarei minhas mãos em silêncio e oração.
E os abraços? Serão fortes, de tão firmes, e como amálgamas unirão auras em busca do aconchego.
Vou sorrir sim, sem medo de mostrar os dentes.
Vou falar sozinho sem me preocupar se vão me achar um louco.
Vou saborear cada pedaço de alimento que antes eu deixava no prato.
Vou provar a vida, cada naco de segundo, como se eu fosse morrer amanhã.
Vou deixar o celular em casa e me conectar ao vivo com quem está aqui vivo.
Quanto tempo eu não vejo o sol nascer? E me diz, quanto tempo eu não noto o acender da lua?
Quantas vezes eu deixei para amanhã coisas que o amanhã não me trouxe?
Vou vivê-las no meu eterno hoje, no terno das minhas horas.
E se alguém me perguntar qual será a primeira coisa que farei assim que tudo isso acabar, minha resposta será sempre a mesma:
Viver o que me cabe hoje, só hoje. E degustar a minha humanidade, por gratidão.

15.4.20

RECOMEÇO


Amigos, acabo de receber esta mensagem por intuição. Talvez ajude muitas pessoas...
Vi a inspiração do Augusto dos Anjos, vi outras também, mas não recebi autoria.

Recomeço

Um corpo jaz inerte, gélido e estático depositado na terra.
Enquanto os vermes banqueteiam vorazes no jantar fúnebre.
As chispas estalam as madeiras, salamandras dançam uma ode à vida.
O fogo consome as migalhas do que restou...
Tudo que sobra é cinzas.
Todavia, não há nada mais belo que o recomeço.

O sólido se desfaz, a matéria mingua.
No entanto, não há fogo, ar, água e terra que desfaçam a alma.
Qual elemento interruptor pode apagar uma luz?

O espírito é imperecível, imbatível, indelével.
Os olhos humanos creem apenas naquilo que podem tocar.
Se se não se vê, não existe!
Ledo engano de quem nunca se viu como uma pluma ao vento.
Todavia, não há nada mais belo que o recomeço.

Não há tíbia, perônio, coxa ou calcanhar sem o caminhar do Eterno.
Não há pés que possam caminhar apenas sobre a terra.
Não há aparelho digestório sem a nutrição do pão que nunca apodrece.
Não há pulmão sem o ar incondicionado do Astral.
Não há voz que não cante seus mantras da existência.
Não há apenas a face que podemos acariciar com as mãos.
Há uma outra face da moeda, a face do real e do invisível.
Não há olhos que enxergam apenas o denso e o tenso.
Não há cérebro, cerebelo, bulbo e medula autossuficientes.
Todavia, não há nada mais belo que o recomeço.
E este, só se dá no fim daquilo que insistentemente chamamos de vida.

10.4.20

A temporada interna do amor ao próximo

Como um ínfimo micro-organismo pode causar tanto estrago em egos tão gigantes? Meus irmãos, uma vida microscópica, por mais espinhosa que seja, não tem consciência dos seus atos. No entanto, a egolatria inflada é dotada de uma consciência e de um livre arbítrio e conhece, em seu íntimo, as penalidades que comete pela exacerbada vaidade.

Daqui, do Plano Astral, temos a oportunidade de acompanhar in loco a aflição dos ególatras e a percepção de que suas empáfias de nada servem neste momento angustiante.

Uma das lições desta pandemia é conferir simplicidade à vida das pessoas. Afinal, não é a fama, e muito menos o poder aquisitivo, que pontuam a evolução espiritual. Nesse caso, o vírus é muito mais humilde, já que não escolhe a classe social de suas vítimas.

Muitos insistem em manter a postura arrogante diante do caos. Outros querem “aparecer” como heróis sem espadas. Vários prometem curas milagrosas. Uma parte se aproveita da desgraça e do medo. Para estes, o recado é bem simples: pode ser que o vírus não os encontre, mas o karma é infalível e este enxerga todos os atos e pensamentos.

É chegada a hora de avaliar quem agrega e quem desune; quem luta para debelar o mal e quem contribui para que ele se expanda; quem age como um corvo à espera de corpos e quem busca proteger a sua humanidade.

Momento de murchar a vaidade, de esvaziar o balão do egoísmo. Partir para o front do bom senso, sem sensacionalismo, sem espalhar notícias falsas e sem divulgar o pânico.

Tempo de agir com o coração e não se esquivar pela covardia. Viver uma vida temporariamente reclusa não significa uma pena de detenção vitalícia. Ali, no conforto e no aconchego dos seus lares, urge a necessidade de unir vossas mãos para o bem comum de toda a humanidade.

O bem estar fora começa com o bem estar dentro. Esta é a temporada de voltar para si mesmo e encontrar, em seu interior, a força que move o amor ao próximo.

Confiem no amanhã!

Dos amigos espirituais da
Fraternidade da Cruz e do Triângulo

5.4.20

Solidariedade em tempos de corona


O médico coloca as luvas, a máscara, a proteção nos seus pés e segue em rumo ao hospital de aflições.
A enfermeira, muitas vezes sem a proteção necessária, encara a UTI com calma e afeto.
A faxineira emposta sua vassoura e rodo e vai lavando, limpando as impurezas.
O entregador coloca a sua moto à tapa e leva alimento e remédio para quem precisa.
O balconista serve, promove seu pagamento e ensaca as compras.
O lixeiro se atreve em catar os dejetos pelas ruas.
O cientista está 24 horas por dia à procura de tratamentos eficazes.
O frentista está lá no posto para abastecer os automóveis.
O caminhoneiro não pode parar!
O jornalista segue praticando seu ofício de informar.

O Papa sobe as escadas de um Vaticano vazio e entoa, solitário, preces de proteção à humanidade.
O pai de santo invoca os orixás e clama por Omulu para que um raio de cura se faça.
A budista entoa os mantras da Tara Verde para sacudir a Terra de bem estar.
O rabino levanta as mãos para os céus pedindo guarida aos homens.
O muçulmano posta seu tapete no chão e olha em direçâo à Meca para salvaguardar seus irmãos.
O pastor faz sua pregação pela rede e decreta, em nome de Jesus, que os homens estão curados.
O espírita faz a Prece de Caritás e a derrama por cima do mundo.

A união faz a força e a força mantém a vida!
Cada fagulha de atenção, cada oração, cada ato sincero de amor faz toda a diferença.
Vá, empunhe a sua espada e vá lutar!
Cada pedaço de afeição, cada naco de compaixão, cada fatia de amparo pode nutrir a Terra.

O que separa o homem do vírus é a solidariedade.

2.4.20

MENSAGEM À HUMANIDADE PELA FRATERNIDADE DA CRUZ E DO TRIÂNGULO

Amigos, estou aqui para passar informação.
Recebi espiritualmente esta mensagem ontem de madrugada.
Foi como habitualmente recebo, em bloco.
O trabalho mediúnico ocorre de diversas formas.
Aqui, foi uma união de amigos espirituais que passou este recado.
Quem acredita, passa pra frente.
Não precisa dar créditos a mim, basta passar pra frente.
Quem não crê, basta não ler ou ignorar.
Não transmito essa mensagem para ganhar moral, apenas passo o que recebi.
Espero que as pessoas leiam com os olhos do coração.

MENSAGEM À HUMANIDADE PELA FRATERNIDADE DA CRUZ E DO TRIÂNGULO

Estimados amigos e irmãos planetários.

Que as ondas regeneradoras do Cristo possam banhar a todos, sem distinção. Que a Canção do Senhor, executada pela flauta magnânima de Krishna possa ser ouvida pelos quatro cantos do mundo. E que o caminho do meio de Gautama, o Buda, possa servir de norte aos corações mais aflitos.

A Terra passa por um sinal de alerta, uma trombeta de atenção. É salutar que fique claro aos homens que o Senhor do Universo não manda aos seus filhos nenhuma praga. O mal que acomete a humanidade neste momento não foi desencadeado pelas mãos do Absoluto. Quem de vós lançaria um raio de maldade a um dos seus filhos? “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará benefícios aos que lhe pedirem?”.

No entanto, a pandemia que varre o globo terrestre atualmente nada mais é que o resultado de anos e anos a fio de desrespeito à natureza, da costumeira devastação ambiental e da falta de esmero com a Mãe Gaia. O homem ávido por saciar sua fome a qualquer preço, sem o mínimo de bom senso e cuidados com a higiene, promove atitudes insanas e canibais, para saciar o seu prazer glutão.

Nacos de dejetos pútridos penetram pela boca e desemboca nos estômagos incautos, sem qualquer responsabilidade. A busca por uma alimentação exótica, a queima demente das matas e das florestas, a aniquilação da fauna e da flora, o hábito frequente de poluir as águas doces e salgadas, são fatores determinantes para o surgimento de micro vidas, cujo mote principal é se alimentar da humanidade.

Somadas a estas práticas funestas, estão a falta de compaixão do irmão para com o irmão, desavenças, conflitos, raivas espumantes pelas opiniões contrárias, desamor. O mundo é uma rede de confrontos.

Hoje, a humanidade está sendo obrigada a se unir para combater o inimigo em comum. Mesmo assim, ainda há contendas...

Irmãos, a Terra não perecerá. Ao longo dos séculos, o orbe planetário passou por diversas modificações em cataclismas, catástrofes, guerras, pestes. Todavia, muitas pessoas clamavam pelo “meteoro” e, finalmente, o bólido surgiu em forma de vírus.

Até meados do século XX, duas guerras mundiais foram eclodidas. O mundo também passou por uma pandemia que aniquilou mais de 50 milhões de pessoas. A Terra assim reagia doente. O desencarne coletivo frequentou o ambiente planetário em menos de trinta anos.

E o que foi mudado diante disso tudo?

Ideais nefastos, necropolíticas de higienização de raças, preconceito crescente aos que eles julgam “diferentes”, sectarismo, fome antropófaga pelo poder monetário acima de tudo e de todos e uma devastadora injustiça social são costumes frequentes que geram reações quase que imediatas.

Como a humanidade deseja que a Terra reaja? Estamos na fase aguda que a espiritualidade chama de carma planetário. Momento de reflexão, de meditação, de voltar as atenções a si mesmo e ao próximo para um bem maior.

A sirene foi ligada para que todos ouçam.

O mundo terá que passar por esta provação para que, finalmente, possa mudar de pensamentos e atitudes. Parafraseando Francisco de Assis, esta é a hora definitiva de chamar todos os seres vivos de irmãos.

É o momento da profilaxia do corpo e da alma. De mudar a forma de pensar e de agir para a manutenção da nossa casa no Universo.

Aqui, no plano espiritual, um mar de pânico pode ser avistado. Choros compulsivos, desespero, medo, tristeza e incertezas do amanhã podem ser ouvidos. Estamos todos em quarentena pela humanidade. No entanto, nossa quarentena não pode ser isolada. É preciso enfrentar este deserto e ajudar todos os que clamam e os que não clamam.

Vocês não conseguem perceber o nosso árduo trabalho, mas estamos em tempo integral (sem contar os ponteiros dos relógios), o tempo todo, mesmo sabendo que por aqui não temos o mesmo tempo que a humanidade.

Ninguém está só. Nenhuma alma. Somos invisíveis a olhos nus, mas visíveis aos olhos do Criador. Assim como enfermeiros, médicos, faxineiros, cientistas, profissionais de saúde, entre tantas profissões heroicas, estamos na linha de frente para o combate desta pandemia. Estamos a postos para emanar energias curativas e tranquilizadoras. Deste lado, os desencarnados recebem os primeiros cuidados com carinho, zelo e afeição, todos são amparados. Muitos chegam surpresos, aterrorizados, mas as hostes de luz prestam seu serviço de socorro, de consolo, de abrigo e amor.

Apaziguem vossos corações e confiem no Alto! Tudo isso vai passar, mas a humanidade não passará, permanecerá. Contudo, esperamos que a humanidade definitivamente tenha aprendido a lição.

Com amor
Nós, amigos astrais da
Fraternidade da Cruz e do Triângulo

22.3.20

Poema Pandêmico


Hoje, toda a humanidade está lavando as mãos.
Mas, quantas vezes lavamos as mãos diante de toda iniquidade?
Quantas vezes lavamos as mãos na bacia do desprezo aos mais desafortunados?
E quantas vezes lavamos as mãos à frente da desigualdade, das diferenças de gênero, raça e crença?

Agora estamos obrigados a lavar as nossas mãos, as nossas próprias mãos, que sujamos com o nosso desrespeito ao próximo.
Estas mãos sujas devastaram o meio ambiente ao longo dos séculos.
Aniquilaram povos, credos e pensamentos contrários, como se fossemos uma casta superior e soberana.
E não foram poucas as vezes que maltratamos os animais e as plantas; que abarrotamos as nossas praias e matas com o nosso lixo; que queimamos as nossas florestas à cata do verde das finanças.
E quantas mãos estavam imundas por promover a mão-de-obra escrava, como se fossem as únicas senhoras feudais da terra e da Terra.

Irmãos, me digam: qual sabonete conseguirá higienizar a nossa auto corrupção?
Que álcool em gel será capaz de gelar nossa vingança ao próximo?
Que vacina a humanidade poderá tomar para imunizar a própria raiva?

Hoje, estamos com medo das nossas ações e reações.
Hoje, o Covid-19 nos convida a cooperar com a vida dos outros.

Esta pandemia chegou para arrancar de vez o surto da ignorância.
E fará com que os homens não lavem tão somente as mãos,
mas, que lavem também as suas almas.
E que transformem, de vez, o vírus da intolerância numa pandemia de amor.

Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...