24.2.14

O DIA EM QUE SÃO PAULO OROU JUNTO AO SAGRADO


O Sagrado Coração da Terra não é uma banda convencional de rock progressivo sinfônico. Sagrado é um projeto espiritual da mais alta envergadura elaborado há muito tempo pelo Plano Astral Superior. O caráter missionário do Sagrado, que tem à sua frente a genialidade de Marcus Viana (um dos ícones da música clássica encarnado e cuja identidade eu tenho que manter preservada), é um plano edificante para trazer consciência do nosso objetivo como almas em evolução neste planeta (que a vida humana na Terra não é só uma viagem de férias - Manhã dos 33).

O Grande Espírito quer falar por meio do Sagrado! E São Paulo ainda não tinha se rendido ao teor meditativo e "romanesco" da banda.

São Paulo meio alternativo, meio yuppie, as vezes elitista, outras rolezista, ainda não tinha prestado a atenção ao chamado do Sagrado. São Paulo tinha medo de amar o rock sinfônico das esferas... Medo da presença dos anjos, dos duendes, tinha pavor das fadas. Mas, todo este nariz empinado e torcido à sacralidade musical, foi baixando sua crista séptica quando as primeiras cores saiam dos instrumentos musicas em matizes que voavam pelos SESCs.

Quem teve olhos de ver percebeu o quanto de assistência espiritual foi desprendida no som do Sagrado. Devas recolhiam as notas volitantes e deitavam sobre todos os espectadores atônitos, em estado de graça. Um turbilhão de espíritos necessitados de amor, afeto e energia recebiam as ondas sonoras como um bálsamo revigorante. Um verdadeiro "passe" coletivo.

E foi assim, ao perceber isso, que chorei tantas vezes...

A Dança das Fadas no final foi como um banho de oceano refrescante aos músicos.

O Uirapuru de Sergio Pererê cantou sua canção, enquanto que um voo rasante de luz banhava o cardíaco com nuanças verdes. Pererê é uma unção de orixás, entidade da mais alta casta ancestral das tribos afros do lado de cima.

É povo meu, incorporação não se produz apenas em terreiros, se faz também em teatros.

Danilo e a sua paz pianíssima trazia alma, Rennó reinava na guitarra, soberano e suave. O preto velho de Nenem tocava seus tambores de Angola e miríades de caboclos encostavam... Dudu estava no centro e era um duende das florestas encantadas... Ivan tocava alto seu baixo com maestria. Mila soltava a sua voz e já começava a mostrar a sua maga. Vanessa veio dançar suave, como uma ondina. E ele, o Gandharva, Marcus Viana, maestro da música das esferas, um instrumento de múltiplos instrumentos, luz sonora, força da natureza.

E na plena manhã dos meus incontáveis anos, eu tive uma bruta certeza... De que somos apenas instrumentos de algo muito maior. O Sagrado Coração da Terra veio nos mostrar justamente a divindade que habita no interior de nós.


19.2.14

FALA MUITO, AMA POUCO

Juras de amor são carregadas pelo vento. As palavras são voadoras. As atitudes é que ficam.
Eu não acredito em juras, principalmente as de amor. Hoje em dia, pelas redes sociais, todo mundo ama todo mundo! É um Cyber Cristianismo!

Frases feitas:
- Amor eterno!
-Minha!
-Muito amor!!!

Nunca vi tanto amor declarado com tão pouco amor...
Então, lembrei daquela frase que o Rei da Espanha disse ao Hugo Chavez: - Por que não te calas!
Sim, por que ao invés de bradar tanto arremedo de amor, não te calas e ama mais?
Amor vem com atitudes, até com doces palavras, porém, quem ama mesmo se manifesta com gestos de coragem.

Como disse o Tite: - Fala muito... Ama pouco.


18.2.14

A morada do desejo é o corpo físico. A morada da paz é a alma.


Um desejo pode te levar ao delírio, mas pode te carregar à ruína.

Não foi à toa que o Príncipe Sidharta, que verteu-se em Buda posteriormente, defendia a extirpação dos desejos como forma de iluminação. Não vou tanto à terra e nem tanto ao mar... Equilíbrio, caminho do meio, conforme apregoa o próprio Gautama.

Os hedonistas usam o desejo como forma de libertação. Todavia, não pode ser o desejo uma escravidão?

Se você tem um desejo ele vai contra os teus ideais, princípios e fere a sua auto-ética, este desejo sopra contra a sua própria alma. Perceba o que ele pode produzir em você: a luz ou a sombra?

Exemplo: se você tem desejos de se relacionar sexualmente com o mesmo sexo, mas você é casado e tem filhos. Este desejo, se saciado, pode ser engolido pela sua consciência como algo "desolador". Será razoável realizá-lo em nome de sensações físicas temporárias? Qual será o benefício? Ficará com remorso, vergonha, sua alma se atormentará, além da traição que imputou à sua esposa... Todavia, se o teu desejo pelo mesmo sexo não houver impedimentos, e você bancar e garantir esta relação, vá em frente, não há nada que o impeça. Entretanto, toda escolha requer lamentos, dores e reações adversas.

Você gosta de beber, mas se este desejo é algo diário e desenfreado, o teu desejo pode verter-se em alcoolismo, obesidade.

Viver em função de um desejo é jogar seu barco num mar de sensações, à deriva, sujeito às grandes ondas, pedras, tempestades, naufrágios.

Você deve controlar os desejos. Os desejos nunca devem controlar você porque desejos são incontroláveis.

A morada do desejo é o corpo físico. A morada da paz é a alma.

17.2.14

AS MÁSCARAS DO CORPO

Você não é o seu sexo.
Qualquer escolha sexual que você tiver não representa o que você é de fato.
Você é alma, é espírito, você não é seu corpo.
Você não é um órgão genital, você é um coração.
Se você é o que o seu desejo sexual imputa então você é corpo.
Larga esse corpo e o que você será?
Vejo mulheres com posturas masculinas, homens com trejeitos femininos, isso tudo nada tem a ver com a sua alma, são apenas máscaras de uma fantasia inconsciente.
O que determina de fato quem é você é aquilo que você sente, pensa e faz.
Tire a alma do corpo e veja se sente, pensa ou faz algo?
Tire o corpo da sua alma e perceberá que tudo será feito...


14.2.14

JESUS, ALEGRIA DOS HOMENS


Nós não somos Estátuas de Sal


Nós não somos Estátuas de Sal


A Bíblia conta a história de Ló e de sua família que foram salvos por Deus da destruição de uma cidade inteira. Todavia, o Senhor recomendou que ninguém olhasse para trás sob a pena de ser morto.
Na rota para a fuga, a esposa de Ló não suportou a curiosidade e o apego e, disfarçadamente, colocou seus olhos para a cidade jazida. Imediatamente aquele olhar transformou a esposa de Ló numa estátua de sal...
Como na história, quando tudo desabar em sua vida e você achar um caminho para a salvação, olhar para trás seria o mesmo que virar uma estátua de sal.
Caminha para frente.
Deixa os escombros do teu passado, não os revisite, mas aprenda com ele. Olhe para dentro de si, ao invés de mirar as destruições que você mesmo ajudou a criar.
Desapegue-se dos tijolos que voam, dos telhados que desabam, das paredes que ruem. Deixe que o Criador faça Sua parte na reconstrução da tua vida.
Reconstrua-te a cada instante.
Tudo pode abalar, menos o teu coração.
Tudo pode ruir, menos a tua alma.
Erija a tua vida com as pedras preciosas do teu próprio amor.
Tua vida recomeça em cada momento de destruições.

Segue em frente, enfrente e seja uma fortaleza de amor e fé. Nunca uma estátua de sal. 

10.2.14

CORAÇÃO DE MENINA - POEMA ORIGINAL

Coração de Menina


Livre, correr pela praia.
Hoje, estrela do mar.
Depois de ouriços e seixos,
caminhos perdidos...
Voar com meus sonhos no ar.

Lembranças de estrada e pó.
O medo já passou, ninguém está só.
E um mar de incertezas acorda a canção.

E de repente,
fiquei no silêncio, sem voz
Parei no meu corpo, senti o oceano de nós.

Ser coração de menina.
Ser emoção de mulher.
Ver e viver bailarina.
Crescer porque o tempo quer.




7.2.14

RECADO: HUMILDADE VEM DE HUMUS...

Humildade não se ganha e nem se perde. Vem da alma. Pode ter fracasso ou sucesso, a humildade não sai da alma. Mesmo as estrelas podem ser humildes porque elas sabem que o Universo está cheio delas...

O Bêbado e a Paixão Desequilibrista


O Bêbado e a Paixão Desequilibrista
Por Maurício Santini

Assemelha-se a um porre. Quanto mais se bebe, mas se pensa que é feliz. Mais inebriado fica o ébrio, a tontura passional consome suas horas. E o pior é que se acha tudo lindo e perfeito!  

A paixão é tal bebedeira, confere uma total sensação de prazer e bem estar, porém a insegurança é fato. Cai-se acolá, levanta-se ali. Soluça-se de felicidade e lá se vai mais um copo... O bêbado acha que ama a bebida e cai novamente...

Frases amorosas são ditas: - você é o meu melhor amigo!; – você é o amor da minha vida!; -eu não vivo sem você!

A bebida faz isso, a gente fala as verdades mais mentirosas. A paixão dá no mesmo. Entoamos tanto o nosso pseudoafeto, tantas promessas, tantas luas, tantas declamações...

Assim como o bêbado, o apaixonado perde o foco em si para voltar seus olhos apenas para o objeto da sua bebedeira. E depois, desaba a chorar porque se projeta para fora e cai de novo. É um desequilibrista.
Com o passar do tempo e dos efeitos alcoólicos, o bêbado e o apaixonado começam a voltar a si próprios, a tonteira termina e a ressaca começa. Dores de cabeça insuportáveis, estômago emocional revirando e a sensação de estar vazio... Quarto escuro, dor e abandono.  

Quando desperta, ele percebe as quedas, os tropeços, as feridas e jura não querer beber mais novamente, até o próximo copo.


Fará tudo de novo até aprender a beber com moderação no AMOR. 

6.2.14

Soneto de um Mar de Nós


Soneto de um Mar de Nós
Maurício Santini

Deixa que os ventos sem afeto soprem em outra direção.
E que o fogo frio em cinzas se dissolva e se consuma.
E que a neve covarde se derreta em meu coração.
Antes que a tarde rosa desapareça e suma.

E que a manhã nascida “morra” toda a bruma.
E teça acima das nuvens uma esfera de emoção.
E que os meus olhos vestidos de chuva, assuma.
As lágrimas caídas em dor e compaixão.

O que a estrela desponta e aponta à exaustão.
É essa combustão que me assola e me exuma.
Amor que me chama em silêncio, chama em profusão.

Vou vivê-lo em cada são momento e não será em vão!
Que o vão que eu busco e que se verte em espuma.

Vem de um mar de mim em ti que abraça nossa solidão.   

DE VOLTA AO MEU ACONCHEGO

Depois de um longo e tenebroso desinverno e em pleno deserto, voltei para o Blog. Ele sempre me foi querido e amado, e agora será mais... Será um instrumento para divulgar um pouco das artes que prezo e me tenho preso e que me soltam: música e literatura (poesia e livro).

Peço que em ajudem a divulgar estas manifestações minhas porque certamente gritos e silêncios ditos, não ditos ou malditos pela minha alma.

As ideias não precisam ser compartilhadas, muitos manifestos serão particulares, mas, o que eu proponho é a ancoragem definitiva do amor e a descoberta do inconsciente como consciência.

Meu desafio é aprender e ensinar amor por intermédio da arte e da espiritualidade. Sou aprendiz.

Gosto quando você passa os olhos por estas linhas e simplesmente sorri ou chora...

Obrigado

ENCONTRO DAS ÁGUAS


No pôr do sol, teus abraços
De um céu que a tarde desmaia
Poder dormir em teus braços

Nos leitos do Araguaia...
(excerto de canção ENCONTRO DAS ÁGUAS, escolhida para o cd).

5.2.14

DODÓI (CANÇÃO DO CD)



AMIGOS, SEGUE A LETRA DE UMA DAS CANÇÕES ESCOLHIDAS PARA O CD. 
Dodói
(Gladston Galiza/Maurício Santini)

Gosto tanto docê que me dói.
E a sardade que o tempo martrata e rói.
Marvada, me mata de farta.
Que os zóio de fel sobressarta.
E o peito do caboclo mói.

Onde tá ocê que num vem?
Será que iô perdi esse trem!
Desde que ocê foi embora.
Os bicho parece que chora.
E as pranta morreram tamem.

Só chove lá fora e dende mim.
Que perco até o camin doncovim.
Que troço danado é a tristeza.
Perrenga toda natureza.
Dá cabo da alegria enfim...


Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...