23.2.21

O mundo segundo os Novos Cristo-Fariseus

 


Eles acreditam que a Terra é verdadeiramente plana e rumam ao encontro do precipício da ignorância.

Eles são os primeiros a defender o “cristianismo”, mas são os protagonistas em condenar e crucificar a quem comete qualquer “pecado”.

Eles dizem ser amigos dos negros e dos índios, mas aplaudem quando há um genocídio racial.

Eles jamais se julgam machistas, mas acham que nenhuma mulher deveria comandá-los e ganhar mais do que eles.

Eles são devotos do armamento, mas jamais desarmam seu ódio às classes menos favorecidas.

Eles vão aos cultos para louvar ao Senhor Jesus, mas falam muito mais de Satanás.

Eles julgam, prejulgam e condenam as atitudes dos outros, mas cobriram todos os espelhos da casa.

E quando alguém fala contra o sistema que eles foram “educados” a seguir, eles bradam: - Crucifiquem-no!

Não serão os mesmos que, outrora, atiraram pedras em praça pública nas mulheres acusadas de adultério, sendo eles adúlteros?

Não serão os mesmos que urravam para que o Rabi da Galileia fosse assassinado na cruz por sedição?

Muitos estão por aqui, certamente... E muitos até usam trajes sacerdotais.

Falam em paz, mas incitam a violência armamentista.

São “cristãos”, mas excomungam as diferenças étnicas, sociais e as de gênero.

Condenam, condenam  e condenam em nome de Jesus.

O mundo agora conhece uma nova modalidade de cristianismo: o cristo-farisaísmo.

Não é uma contradição?

Os antigos fariseus eram fanáticos, hipócritas, censores em nome dos preceitos judaicos.

Os novos cristo-fariseus são justamente almas gemelares (ou reencarnadas) aos velhos, os mesmos que levaram Jesus a ser condenado.

Eles estão aqui de novo, seguindo, como cegos, as deturpações de um livro sagrado.

E continuam desconhecendo, em Espírito e Verdade, O Cristo que eles dizem seguir.

15.2.21

Recado de um amparador às agruras do dia a dia

 


Nenhuma escolha, absolutamente nenhuma escolha que te tire a paz de espírito e causa peso na consciência pode ser uma alternativa correta. Muitas pessoas questionam o que é retidão. Eu digo que retidão é a conduta que te leva à paz de espírito. Nada pode ser melhor do que isso. Fora disso, há tormenta e medo.

Ore, mas ore muito ao Senhor Absoluto para que Ele te livre das tentações do mundo. Várias são as ofertas, diversos são os sonhos, uma série de promessas são ditas no calor da alegria, no torpor de uma bebida, na algazarra das festas. São promessas vazias proferidas ao vento. Nada melhor que abraçar a realidade e não a quimera. O amor é uma construção e não um devaneio, uma ilusão.  

Atente que não há felicidade plena e integral, a não ser quando um ser se autorrealiza. Esta autorrealização nada mais é que a supressão dos desejos. Só assim é possível encontrar-se definitivamente com o Divino que habita em cada UM. Enquanto não chegamos a este nível, é salutar que não nos escravizemos pelos desejos. Quem é vassalo dos desejos não é senhor de si mesmo e, quase sempre, molda suas relações em terreno movediço. Uma casa edificada apenas pelo desejo tende a ruir, não tem sustentação.

O sorriso de uma criança, o olhar doce de um animal, a planta que se balança à brisa, um pequeno pedaço de bolo que se come sem culpa, um abraço afetuoso de quem se ama, a vista de uma montanha, um beijo molhado pelas lágrimas de afeição... tudo isso, e tanto mais que a vida nos oferta, são presentes do Criador.

Acima de tudo está o amor próprio e ao próximo, além da paz de espírito. Lembrem-se destas palavras.

Paz e Luz

 

4.2.21

A espada do Padre Júlio remove mais do que pedras

 


Assim como Jesus de Nazaré, quando chegou à Jerusalém, expulsou os vendilhões do templo que negociavam suas bugigangas em solo sagrado, o Padre Júlio Lancelloti, de São Paulo, empunhou sua espada-martelo crístico e quebrou as pedras infames que a Prefeitura de São Paulo mandou colocar.

O cristianismo real é assim. Não faz distinção de classe, credo, cor, gênero. Luta pelos menos favorecidos, acolhe os perseguidos, abraça os injustiçados, enxerga os invisíveis.

Quem serve vestindo o manto carmim de Jesus sabe que, muitas vezes, é preciso enfiar a mão no esgoto para resgatar almas perdidas. Sabe que o poder maior está na vontade do Criador e não sucumbe às vontades dos poderosos dissimulados e inclementes.

Muitos falam que o cristianismo é injusto e hipócrita. Em verdade, em verdade eu vos digo que, injustiça e hipocrisia é o que os homens fizeram do cristianismo! Porque o verdadeiro Cristo não se encontra no Evangelho, muito menos na Bíblia. Ali, podemos encontrar apenas histórias... O Cristo se encontra no Coração da humanidade, mas a humanidade que age com a coragem de um padre que quebra pedras para que os pobres se aconcheguem no chão duro. Não a humanidade que mata, rapidamente ou aos poucos, em nome da Igreja ou do Estado, para privilegiar castas já favorecidas pelo destino.

Sim, Padre Júlio, continue expulsando os impiedosos e alimentando os humildes. Não há pedras sórdidas no Reino dos Céus, e todos poderão descansar no Jardim do Éden.

 

 

2.2.21

Mensagem do coração de Lakshmi

 


*Um relato em homenagem a Bhagavan Sri Ramana Maharishi

Saudações, meu nome é Lakshmi. Na verdade, eu não tinha qualquer nome, mas aquele homem me apelidou de Lakshmi. 

Vou lhes contar um pouco da minha história. 

Estava eu pastando e mascando capim e algumas plantinhas quando eu vi uma espécie de luz branca se aproximar. Não tive medo. Quando aquele farol chegou perto de mim pude ver com os meus próprios olhos que se tratava de um grande homem vestido com um pano branco na cintura. 

Ele colocou suas mãos na minha cabeça e acariciou meus chifres. Era uma mão macia como a seda. Estranhamente me senti acolhida. Como um humano, que normalmente nos ignora, pode ter prestado atenção em mim?

Daquele momento em diante, nunca mais fui a mesma. Eu não queria ficar mais perto das criaturas da minha espécie. Era estranho... como se eu tivesse me tornado um ser individual, mais perto do Meu Criador. E não é que eu fiquei mesmo? Eu não saia de perto daquele homem quase nunca!

O tempo foi passando e eu vivia me aconchegando ao seu lado. Suas mãos eram bem quentes e confortáveis. E o alimento que vinha delas me nutria ainda mais. Muitos humanos sorriam observando a nossa proximidade. Eu não ligava, só queria estar perto daquele homem.

As vezes ele vinha andando com dificuldades e sentava-se ao meu lado. Isso para mim era pura felicidade! Como se diz na Índia, Ananda!

Na maioria das vezes ele ficava em silêncio e eu gostava mais ainda porque nunca foi preciso que ele falasse qualquer coisa. Eu sentia sua voz dentro do meu coração.  

Com o passar dos anos fui ficando mais velha. A idade chegou e com ela, os problemas. Mas, bastava a sua presença perto de mim que toda e qualquer dor se afastava. E certo dia, quando eu não sentia mais as minhas pernas e as minhas forças se esgotaram, ele veio manquitolando e me disse: - você quer que eu fique com você, não é, Lakshmi? 

Era o que eu mais queria. E então, deitei minha grande cabeça em seu pequeno colo. Nesse instante, ele colocou suas mãos por cima dela e no meu coração. Adormeci. 

Depois de um tempo, despertei muito mais leve e me levantei. Fui procurá-lo imediatamente e, um tempo depois, o achei sentado sobre as almofadas brancas de linho. Nunca mais sai do seu lado.

Eu não conseguia mais sentir suas mãos, mas o sentia por completo.  Até que um dia ele desapareceu das minhas vistas. Confesso que me senti desamparada e com medo. Pouco depois, comecei a escutar cânticos e mantras dos homens que o seguiam. De repente, vi esse homem, esse meu pai adotivo, caminhando em minha direção. Meus olhos saltaram de alegria! Ele estava mais iluminado do que nunca! Me sorriu e disse em silêncio: - podemos ir agora, Lakshmi! E saímos voando para o infinito...

Estamos em um lugar onde não existe noite. Tudo é cor e luz. Volta e meia a gente visita aquele lugar de antes e, curiosamente, tem uma estátua de vaca lá onde as pessoas depositam suas oferendas. Pode ser pretensão, mas acho que sou eu... E sabe de uma coisa: agora entendo que tudo aquilo faz parte de mim e não deixa de ser eu também: a estátua, todos aqueles homens, meu novo lar, meu pai...

 E sei que sempre estarei ao seu lado, eternamente, em silêncio. 

 

 

 

 

Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...