29.2.12

A ATRAÇÃO PELO IMPRESTÁVEL E A ESPERANÇA HISTÉRICA

Depois dizem que eu pego no pé das mulheres... Me desculpem, mas vou discordar. Não pego no pé dos homens mesmo porquê não gosto de pé de homem, é muito grande e cascudo. Segundo, eu acho que homem não tem jeito mesmo, quer dizer, a grande maioria é bem ruizinha mesmo.

Mas, algo me causa estranheza nas mulheres: o fato de muitas (mas, bota "muitas" nisso...)terem atração por homens imprestáveis, sem nenhum caráter, vagabundos, encostados, enfrunhados num monte de vicios... Eu não sou terapeuta ou psicólogo, mas creio que os motivos devem ser diversos, mas para mim implica apenas num só: a Esperança Histérica.

Bem, sabemos que a histeria não é algo apartado da sociedade e todo mundo tem um pouco ou um muito de histérico. E histeria também não é fato de sair gritando como uma louca varrida na rua, ou espancar cãezinhos indefesos ou picotar as flores que ganhou do namorado. Histeria encampa muitas coisaa. Neste caso, a histeria é a necessidade de se autoafirmar tendo como base uma conquista, isto é, é uma CONQUISTITE ou melhor e a grosso modo, o ser tenta aumentar sua estima conquistando a outra pessoa a qualquer preço. Quando conquista definitivamente daí então passa a ser algo descartável e o ser procura outras alternativas....quer dizer, outras conquistas.É um ciclo vicioso.

Acho mesmo que estas mulheres se atraem a estes homens por acharem que podem conquistá-los, mudá-los e moldá-los ao seus gostos. Elas acham isso mesmo! E não são só as mulheres também, muitos homens também nutrem atração por vigaristas, eu já tive estas experiências....

Ora, se o cabra não mudou nas últimas 680 encarnações, a beldade crê que só porque ela deseja o rapaz, ele vai se transformar rapidamente, de uma pinga de terceira categoria para um vinho de primeira, só porque ela "faz" gostoso ou porque é bonitinha e jovem...

Nunca, eu disse, NUNCA eu vi alguém que mude em função do outro!!! Podemos no máximo dar um jeitinho, modificar alguma coisa que incomoda, mas aquilo fica lá estocado, escondido até o momento certo de voltar à tona!

Eu nunca mudei por alguém, mudei muita coisa por mim, pelo amor próprio, pela minha dor, pelo meu sofrimento e pelas minhas experiências!

E como eu sei que estas mulheres não vão mudar também, eu fico só esperando o próximo tombo...

28.2.12

INTOXICAÇÕES MÍSTICAS DE SHEIK AL KAPARRA

(Preâmbulo - não gosto de publicar textos de outras pessoas sem autorização, mas este merece ser publicado. Gosto da irreverência do nome Al Kaparra e mais aida do teor do texto).

Hoje é mais fácil intoxicar-se com leituras esotéricas do que com carne de porco. O modismo da leitura de textos ocultos espalhou-se pelos quatro cantos do globo e certas lombadas provocativas já podem ser vistas nas melhores estantes entre livros de culinária ou de protestos políticos.

Podemos vislumbrar, com o canto do olho, em certas estantes, um manual para o desenvolvimento de Kundalini roçando capa com o Kama-Sutra. Mais adiante, numa esquina da prateleira, deparamos com um livro que cuida do preparo de drinques quase abraçado a um compêndio sobre todos os tipos de abstinência. Em resumo, é fácil encontrar Deus e o Diabo na mesma estante e, certamente, no coração do leitor.
O Esoterismo e o Espiritualismo são, hoje, um adorno. São coisa muita parecida com as sessões de mesa no início do século XX, quando os "raps" de Hydesville, trazidos a lume pelas irmãs Fox, trouxeram ao mundo as mesas falantes que se converteram no melhor passatempo místico para os fins de semana. A mesa falante substituiu até mesmo o jogo de cartas e ainda hoje é praticado pelos adeptos do tabuleiro Ouija ou do copo d´água que forma frases com as letras do alfabeto.

As pessoas nunca deixaram de ser curiosas e atrevidas. Diante de um mistério logo querem resolvê-lo com suas argúcias. E, conforme o grau de sensibilidade, logo se sentem providas de poderes sobrenaturais, o que não poucas vezes engrossa a horda dos charlatães. Há sempre muita pressa nessas pessoas. Pressa de aprender, pressa de se mostrar, pressa de sair por aí fazendo prodígios ou curando doenças.
Suas mentes viram a privada final de tudo que encontram escrito e que tem uma capa bonita. Dentro dessas mentes inquietas ocorre a mais bizarra das combinações químicas e os textos vão se misturando como frutas variadas dentro de um liqüidificador implacável que tudo esfacela e reduz a uma poção de infernais efeitos lesivos. As almas que se inclinam pela poesia começam a introduzir coisas esotéricas em seus poemas e se convertem em dissertadores de coisa nenhuma. Fabricam sonoridades tolas que só encantam aos vazios. Nada do que escrevem se coaduna com a dureza do mundo e da vida.

Nas rodas e nos encontros falam como intoxicados e deles sentem muita pena os que, ao invés de sonhar, vivem de olhos muito abertos para o mundo.

O leitor, certamente, já deve ter encontrado essas criaturas "etéreas" ou "diáfanas" que tanto mal fazem ao intelecto. Elas vivem no mundo, mas não enxergam o mundo direito. Fabricam, com seus poemas ou colocações, um mundo que não existe nem poderia existir, um mundo de mentira de faz-de-conta. Ao saberem que existem certos elementais começam a ver ninfas nos lagos, ondinas no mar, faunos nos bosques e gnomos nas grutas.


Com o passar do tempo logo arranjam uma fada madrinha, que serve de babá para os seus desejos mais íntimos. Uma outra facção sobe ao Céu e lá traz certos anjos com os quais passa a ter uma bizarra intimidade. Em seu delírio divino logo percebem o anjo a se manifestar e a dar sugestões para isto e aquilo. As casas de perfumes, óleos aromáticos e defumadores agradecem! Agradecem e fomentam o delírio! "Tome este Banho de Descarga Angélico para limpar a sua aura!", aconselha a matreira vendedora. "Já experimentou este perfume de atração?" pergunta a companheira de olho na comissão. E logo os olhos da pessoa iludida caem em cima de uma estátua que é a cara do anjo já visto! "Foi ele que me mostrou!", pensa ela, arrebatada de emoção. E compra a estátua, que passará a ser a corporificação do seu anjo!

Uma outra criatura alucinada por leituras frouxas vê nas pedras e nos cristais o segredo de tudo! Compra uma bacia de ágata ou reserva um cantinho da casa para colecionar pedras coloridas sem valor comercial algum, que elas banham em água pura e borrifam de perfumes. As almas mais exaltadas vão buscar 7 tipos de água para essa infusão: água do mar, água da bica, água mineral, água do poço, água da lagoa, água do lago, do rio e da cachoeira. E lá se vai ela, de mato em mato, de bosque em bosque, à procura dessas sacrossantas águas que, no seu entender, alimentam os cristais, saciam as pedras e prometem toda a sorte de benesses...

Uma outra criatura acha interessantíssimo domar a serpente kundalínica cujo ninho ela aprendeu estar entre as pernas. E começa a mexer onde não deve, exatamente como a criança que começa a brincar com a eletricidade até levar um choque ou decide fazer uma bomba igual à que viu num filme. Uma outra quer aprender a dar passes e uma outra ainda acha que é médium de Cristo!


A irresponsabilidade mística pode assumir várias formas e trazer os mais desastrosos resultados. Muitas vezes, uma pessoa, querendo aparecer, acaba fazendo com que as outras sintam desejo que ela desapareça pelos muitos males que já causou.


No campo da assim chamada reencarnação o panorama não é melhor. Ao lado dos médiuns que dizem incorporar João Batista ou José de Arimatéia, pululam todos aqueles outros que se acreditam reencarnações de Cleópatra ou do Rei Artur. A mulher que se tornou cartomante e que até fez curso de correspondência para ler o Tarô ou o baralho comum afirma que na outra vida foi uma cigana de grande poder mágico e que, muitos milênios antes, foi sacerdotisa de um templo egípcio dedicado a Amon-Ra. Ela não apenas diz isso. Acredita que é realmente! E vende sua história aos papalvos...
A História do Charlatanismo é mais longa e mais rica do que se pensa. Grande parte dos mitos que a compõem acha origem nas leituras desordenadas que foram feitas, ficando o resto por conta de um certo auto-hipnotismo um tanto histérico. Basta fazer algumas perguntas-chave a essas pessoas e logo elas se traem, revelando sua melancólica vacuidade. Elas não conseguem passar nos testes. Sua reprovação fica logo evidente e o melhor que se faz nessas horas é... sair correndo dali enquanto é tempo!

O mais triste é o fenômeno da contaminação. Os atrevidos acabam criando outros atrevidos e os irresponsáveis outros irresponsáveis que passam a ler pela sua cartilha. E logo a horda de tolos fica tão grande quanto a peregrinação a Lourdes ou a fila do INSS.
Assistir a um papo dessa gente maluca só não faz rir mais porque acode-nos ao espírito a lesão moral que isso pode causar. A desinformação é a mãe de muitos males e de muitos acidentes.



Ouvir o galo cantar e não saber onde plasma um "mapa da mina" falso e perigoso. É o mesmo que aprender a tocar piano errado e sair por aí dando recitais. Aos ignorantes a execução poderá parecer primorosa, mas aos que têm ouvidos educados ou alguma formação musical essa execução vai ser um desastre sonoro bastante incômodo.
As leituras deviam ser dirigidas por alguém mais informado. Não se pode, por exemplo, recomendar um livro que ensina a mexer com Kundalini a um principiante das artes esotéricas.

Estudar Magia como quem lê um romance policial é mais perigoso do que tomar um remédio sem receita. A curiosidade do leitor pode conduzi-lo à beira de um abismo que ele nem sequer suspeita. E outros curiosos se podem juntar a ele para fazer experiências, tal como fazem certos estudantes de Química que, apaixonados pelas reações, decidem montar um pequeno laboratório em casa, acabando por provocar incêndios ou explosões.


 Os papos travados pelos principiantes do Esoterismo ou do Espiritualismo têm um certo sabor de ingenuidade. É quase uma conversa de crianças ou uma bravata de adolescentes entusiasmados por quase nada. Formam-se, então, os times que querem sair do corpo para viajar no Astral e que até marcam encontro por lá, como se isso fosse tão simples como ir ao cinema e encontrar os colegas lá dentro. Os mais atrevidos querem sair do corpo para invadir o quarto da namorada ou vigiar a amante depois que a deixam na porta de casa. Os dominados pelo sexo querem ver mulheres mudando a roupa sem serem vistos.

Fora da viagem astral, há os que querem influenciar os outros com a força do pensamento ou que desejam fazer formidáveis feitiços. Os mais exagerados e com alma teatral mandam fazer roupas especiais, em geral grandes camisolões de mangas largas, onde pregam estrelas, meias-luas e cometas dourados. Se têm queda pela bruxaria decoram a casa com bolas de cristal, pequenos feixes de vassourinhas enfeitadas de fitas ou, mesmo, ostentam uma coruja empalhada na sala de estar.



Criam também efeitos luminosos e atraentes jogos de luzes e sombras. Na porta ou no jardim, natural ou improvisado, têm sempre um gnomo amigo, que lhes serve de fiel criado e que lhes cochicha os mais caros segredos do universo. Essas pessoas são freqüentemente visitadas por fadas ou elfos que sempre entram na casa escondidos numa lufada de vento ou descem pela chaminé antecipando Papai Noel.


A Natureza para essas almas cândidas é um repositório de beleza e graciosidade. Nessa Natureza, que essas pessoas chamam de Grande Mãe, só delicadas borboletas e graciosos colibris esvoaçam por céus invariavelmente azuis e límpidos. São adoradoras de riachos tranqüilos, de majestosas cachoeiras e gostam muito de dizer que o vento penteia com redobrado amor a copa das árvores, compondo poemas sussurrantes na delicadeza das folhas. Os mais assanhados vêem faunos tomando banho de cuia, ao mesmo tempo que bisbilhotam a inocente nudez das ninfas. A Mãe d´Água se espreguiça no topo de uma vitória-régia e o sol, brincando de pintor, traça graciosos arco-íris no suave contorno das diminutas pegadas que esses minúsculos seres vão deixando sobre as alvas margens do rio. A intoxicação está, portanto, completa! Poesia e misticismo barato se mesclam para formar uma espumante poção de ilusões coloridas.



Perdidos nessa poesia toda, que mama nos fartos seios da Mãe Natureza com a mesma sofreguidão de um mártire de Bangladesh, esses intoxicados não percebem o cadáver que apodrece na moita da esquerda, nem a moça que, a 10 metros dali, está sendo possuída pelo seu Príncipe Encantado. Essas pessoas só vão sentir que foram miseravelmente picadas por famintos mosquitos ao chegarem em casa e notarem as pernas empoladas. Nenhum desses sonhadores viu o desespero do canário que teve seus filhos devorados por um gambá ou que, chegado ao ninho, só encontrou palhas e cascas de ovo.


Tampouco esses olhos distraídos foram capazes de perceber que naquele mesmo instante um grupo de excursionistas perdia-se na floresta e chorava a morte do companheiro que caiu no abismo. Quando se está intoxicado não se vê mais nada senão o delírio do momento mentirosamente poético ou episodicamente divino de exaltação. No útero da Mãe Natureza não existem apenas favos de mel, perfume de flores ou graciosas lendas de gente invisível. Esse útero, mesmo sob o pretexto de preservar as espécies, permite as mais hediondas carnificinas e os mais cruéis sacrifícios.


Por certo, essa gente leu muita literatura cor-de-rosa, mas esqueceu ou não foi convidado a assistir aos documentários que nos mostram a cruel vida que se desenrola no assim chamado mundo natural. Não basta ler ELIPHAS LEVI, PAPUS ou JORGE ADOUM para mergulhar nos Grandes Mistérios do Esoterismo. Não basta ficar curioso com os efeitos da Chama Violeta ou sentir arrepios místicos todas as vezes que se pronuncia o nome do Governo Oculto do Mundo ou da misteriosa Shamballa. Não adianta conhecer quase tudo sobre os 7 Raios ou saber de cor os nomes de alguns Mestres Ascencionados. Tampouco vale coisa alguma decorar pentáculos e pantáculos, ter a receita de feitura de talismãs ou possuir uma biblioteca inteira de obras ocultas, que às vezes foram compradas a metro.

O Esoterismo nasce no coração e não na emoção. No seu mistério mais profundo, o Esoterismo funciona como uma mão amiga, ausente de pressas ou precipitações, que nos vai levando docemente como a mãe dedicada leva o próprio filho ao Caminho do Bem. De "esotéricos" farristas o mundo já está cheio demais. O Esoterismo não precisa de gente que medita às 18 horas, mas, depois das 22 sai pela madrugada para caçar sexo e acariciar beiras de copo até o raiar do dia. O Esoterismo não quer simpatizantes que fumam maconha ou aspiram cocaína, queimam crack ou sorvem destilados com comprimidos. O Esoterismo alija de si os que penduram no pescoço símbolos que não sabem respeitar ou que sequer suspeitam para que servem. E o faz porque sabe que pior do que uma mentira é uma verdade mal compreendida. Sabe que esses abusos e essas distorções irão gerar efeitos muito sérios mais tarde e que o sorriso alegre de hoje poderá ser, depois que a madrugada passar, o estertor da dor que a vida irá desenhar amanhã no rosto do irresponsável.


Que os intoxicados se desintoxiquem em tempo de evitar um mal maior e percebam logo que o Mundo Espiritual, com todos os seus departamentos, é muito mais simples do que suas complexas e absurdas fantasias. Para a festa do Misticismo é preciso estar preparado. Preparemo-nos, então, com as vestes da simplicidade e os humildes adereços do Nada. Não ganha iluminação o narciso que se enfeita de balangandãs, que chacoalha pulseiras ou se verga sob o peso de mil colares. Não se torna filho da Luz o que exibe misteriosos títulos em sua estante de livros ou que, como bom ator ou atriz, recita frases feitas que decorou em livros e que até tem o atrevimento de dizer que são suas.
O esotérico perfeito caminha nu em direção ao seu Criador. Passa pelo seu Mestre, deixa-o para trás e vai despejando todas as ilusões e ruídos do mundo pela beira da estrada. Nada mais o detém ou atrasa. Conhece o poder da tentação e vira-lhe as costas. Não se deixa mais iludir pelas miçangas de Maya. Fica a meio caminho da poesia e da realidade. Sabe que ambas têm o seu lugar no espaço, mas que não pender para nenhum dos lados sob pena de ser enganado pelos sentidos ou pela emoção.

E, então, mesmo só ou rejeitado pelos seus pares, ele mergulha no imponderável com um sorriso mais enigmático do que o da Mona Lisa e com uma serenidade muito maior do que a se revela no colosso pétreo da Esfinge.


Sheik Al Kaparra

11 - A MONTANHA E A CHUVA - ORLANDO MORAIS - SÉRIE "AS 100 MELHORES MÚSICAS DO BRASIL"

Eu tenho muita inveja (no bom sentido) quando fazem uma canção perfeita e que eu gostaria de ter feito. Este é um exemplo de letra e melodia que tocam a perfeição. A intensidade poética de Orlando Morais nesta canção é de arrepiar! Suas figuras de linguagem e a entrada triunfal da interpretação divinal de Maria Betânia na segunda parte são elementos que remetem ao Paraíso.

A Monhanha e a Chuva é do disco Abismo Zen, de 1995. Parece que foi tema de novela. E se parece mesmo com as figuras da minha canção Jeito de Mato.

Quando Glória Pires desmanchou seu casamento com o Fábio Jr. e depois começou o relacionamento com o Orlando Morais, eu entendi perfeitamente depois desta música. Fábio Jr. jamais chegaria a isso...

Abaixo, a letra e um video com a sonora da canção.

A Montanha e a Chuva

Eu queria tanto lhe dizer
Da minha solidão, da minha solidez
Do tempo que esperei por minha vez,
Da nuvem que passou e não choveu

Minhas mãos estão no ar
Como aeroporto pra você aterrizar
Também sou porto, se quiseres ancorar
Sou ar, sou terra e sou mar

Eu tenho a mão e você tem a luva,
Eu sou a montanha e você é a chuva
Que escorre e some no final da curva
E beija o rio, pra abraçar o mar

É por isso que a montanha tem ciúmes
Quando o vento leva a chuva pra dançar
Muitas vezes tudo acaba em tempestade
Raios gritam sobre a tarde,
Tardes dormem ao luar,
Anoitece a minha espera,
Amanheço a te esperar.

http://www.youtube.com/watch?v=HeC9-IeSLY4

27.2.12

É bom que se enterrem logo os mortos...

É bom que se enterrem logo os mortos para que o olor deles não comecer a feder novamente em nós.
Essa é uma linguagem figurada, é claro!

O que eu quero dizer é que a gente fica cultuando algumas pessoas que já não frequentam mais a nossa vida - se estas ainda nos deixaram marcas e pensamentos bons, logo vem o perfume e lembrar disso é muito bom... Mas, os dejetos de seres que nos foram um entrave devem ser incinerados no crematório do esquecimento.

São cadáveres emocionais que ainda gritam em suas catacumbas e fazem o possível para assombrar a gente, mesmo depois de dias, semanas, meses, anos e encarnações. Pobres defuntos que teimam em sugar a energia dos outros porque a vida deles é uma eterna morte.

Secos de amor. Ressecados de alegria.

É bom que enterremos logo estes mortos.

(texto com toques Augustos dos Anjos)

HUGO CABRET ESTÁ BEM PERTO DE DEUS


A visão de Hugo Cabret sobre Deus como um mecanismo de peças universais que se encaixam e movimentam um mecanismo é perfeita! Eu entendo Deus exatamente como Hugo Cabret, como um Grande Mecanismo. E somos partes integrantes deste Universo. Somos peças!

No entanto, filosofias à parte, A invenção de Hugo Cabret ou simplesmente HUGO é um filme de encher os olhos do coração, aliás, não só os do coração. É inacreditavelmente lindo, pitoresco, paradisíaco, uma homenagem do mestre Martin Scorcese ao cinema.

A fotografia é impecável, a cenografa é deslumbrante, a direção de arte, estonteante. O filme em 3D ganha relevos até hoje não vistos no cinema. E ainda tem de quebra dois atores maravilhosos: Ben Kinsley (de Gandhi) e Sacha Baron Cohen (para mim um gênio, de Borat e Bruno).

Lembre-me de Cinema Paradiso com menções à literatura. Grandiloquente, o filme tem mais de duas horas de duração, mas eu ficaria mais umas seis admirando a tela. Mas, não podemos falar do filme sem citar o livro pelo qual o roteiro de baseou: Hugo Cabret de Brian Selznick. Dizem que o livro é um primor.

Não dá pra falar mais, só ver e ficar contente e grato.

24.2.12

A gente não quer amor. A gente quer outra coisa que eu não sei o que é...

Os seres humanos são engraçados. Vivem à cata das relações complicadas. E eu não fujo à regra...

Humanos desejam paixões ofegantes. Não é mais saudável um caso de amor que nos desse mais fôlego ao invés de tirar o nosso ar?

Fazemos loucuras para conquistar nosso objeto de desejo. Não é mais viável uma relação mais lúcida que nos deixasse sempre presentes?

Queremos amores palpitantes, que nos causem disritmias. Não é mais equilibrado que o coração bata no compasso sinusal?

E que os nossos olhos dilatem as pupilas e nos leve à cegueira da paixão. Não é mais inteligente um romance que nos fizesse enxergar mais?

Uma pessoa que fique martelando obcessivamente o nosso pensamento, o tempo todo, como se não houvesse outras ideias. Não é mais lógico alguém que nos ajudasse a fortalecer os nossos objetivos?

Um amor impossível, inviável, tenso, arrebatador. Não é mais natural uma pessoa possível, viável, tranquila e serena?

Algo que nos tire o pé do chão. Ora, se temos pernas e pés, não é mais interessante um amor que nos ajudasse a caminhar?

A gente não quer amor... A gente quer outra coisa que eu não sei o que é...

23.2.12

10 - ÚLTIMO DESEJO - NOEL ROSA - SÉRIE "AS 100 MELHORES MÚSICAS DO BRASIL"

Foi proposital a escolha da camisa 10 para o compositor carioca Noel Rosa. A canção "Último Desejo" foi composta em 1937 quando Noel já definhava pela tuberculose. Foi feita em homenagem à sua amada, que acabou tendo um romance com o ator e compositor Mário Lago. Noel Rosa não pode casar com a moça porque engravidou outra que, na época, era menor de idade. Assim foi obrigado a se casar.

Certa vez quis gravar essa canção como se fosse um fado, e ficou linda! Quem sabe um dia... Mas, a força lírica, a expressão máxima das notas sofridas por amor, são os destaques da música deste gênio que nos deixou tão cedo, aos 26 anos.

Abaixo, ela é cantada por Wilson das Neves, num pedaço marcante e inesquecível do filme que retrata a vida de Noel. A musa é Camila Pitanga, e ela chora. E eu choro também..

http://www.youtube.com/watch?v=LY08poPk7mU

http://letras.terra.com.br/noel-rosa-musicas/125750/

O SAPO E O POETA

Um rapaz de 22 anos, que eu não conheço, me mandou um e-mail me pedindo algo incomum para a sua idade. Ele está apaixonado por uma moça e queria que eu fizesse um poema para ela com a proposta de conquistá-la. Eu achei bem pitoresco, um belo gesto, um pouco fora de moda, infelizmente. Talvez um funk carioca falando de falos e bundas, ou um pagode paulsita de rimas fáceis, ou breganejos enjoados, façam mais bonito neste momento.

Minha resposta ao rapaz foi automática:

- Amigo, fiquei contente com o teu pedido. No entanto, pela minha experiência como poeta e compositor, nenhum texto que você escreva, nenhuma homenagem que você renda em forma de versos e liras, nada disso conquista mais uma mulher. Elas falam que gostam, acham lindo, mas quando o texto é voltado para elas, simplesmente elas dão de ombros. Sabe por que? Porque você se mostrou! No fundo, elas só querem ser amadas, apreciadas, mais nada...

Ele respondeu o e-mail insistindo em querer entregar algo para a menina...

E novamente eu frisei:

- Meu caro, acredite, poema não ganha mais ninguém! Toda vez que eu entreguei um poema para a mulher amada eu me dei mal. Nunca eu me dei bem! Eu só me dei bem quando o meu poema não tinha a intenção de conquistar. Creia, o homem é mais romântico do que a mulher! É porque elas se expressam mais. Elas acham tudo muito bonitinho no campo dos sonhos, quando isso se torna realidade não serve mais! O príncipe é algo a ser esperado, quando ele se materializa não interessa mais. Vira sapo.

(a maioria das mulheres detesta quando eu escrevo estas coisas porque atinge diretamente a elas. Então, o algoz passa a ser eu, o escritor, nunca elas... Mas, como em todas as regras, há exceções).

22.2.12

OS ÓCULOS ESCUROS DA PAIXÃO


Eu comparo a paixão e o amor como se fossem óculos com lentes diferentes. O amor é um óculos com as lentes claras, corretivas e que nos fazem enxergar melhor. A paixão tem as lentes escuras, apenas para nos protegermos da luz e conferir uma aparência artificial.

Mas, como acontece com os óculos, as lentes escuras são mais vistosas e atrativas, muito mais ligadas à estética do que à saúde ocular. As lentes claras são usadas no dia a dia, quase imperceptíveis, mas que nos ajudam a ver com mais clareza. As escuras costumam a mudar a tonalidade das coisas, e pode nos tornar ilusioriamente mais bonitos. No entanto, podem esconder olheiras e lágrimas, podem encobrir o que somos de fato.

Eu não gosto de usar óculos escuros, nunca gostei. Mas, a paixão destas lentes me perturba. E você pode dizer que há agora aquelas lentes que mudam de cor conforme a luz. Acho que eu preciso de um óculos destes.

Um óculos que saiba lidar com o amor e a paixão sob a mesma ótica.

17.2.12

Outros Carnavais

A festa da carne vai começar! Mais do que os batuques, a agitação, a bebedeira, a baixaria generalizada, o que me incomoda mesmo é esta falsa alegria eufórica do vale-tudo. Esse extravasamento que não vale nada.

Quando eu estava numa pousada em Tiradentes, MInas Gerais, num carnaval de tempos atrás, bem no ano do Bonde do Tigrão, meu amigo e companheiro de viagem presenciou uma cena lamentável, entre tantas... Ele teve que pular um casal de adolescentes bêbados transando no corredor da pousada...
A molecada elegeu uma rua e a transformou na Passarela do Mijo (sintam o aroma...).

Tudo bem, que as pessoas gostem de dançar e cantar... Mas, carnaval já deixou há muito tempo de ser uma manifestação cultural e artística para ser uma espécie de vale-tudo (pode fumar, beber, cheirar, beijar, transar, passar a mão nos outros, fazer papel de palhaço e idiota o tempo todo...tá valendo, é carnaval).

Algumas coisas eu acho que são pertinentes numa festa popular: a criação e execução de marchinhas (onde? cadê?) ou frevos, o desfile de fantasias (numa época que a mulher vai nua e pintada pra rua..), as escolas de samba, e os bailes nos salões (que estão mais para baladas)... O resto...

Mas, isso são outros carnavais!

16.2.12

9 - UMA VALSA P/3 - SÉRIE "AS 100 MELHORES MÚSICAS DO BRASIL"

"Um deles fosse eu
Só pra voar com você
Dançar sem som, ir ao céu
Mas aí mesmo no alto
O amor que cala alça voo também"...

Quando eu ouvi estes versos do cantor e compositor paraibano Chico César fiquei abismado. A canção "Uma Valsa P/3", do cd "De uns tempos para cá", de 2006, é de uma sofisticação ímpar. O cd é requintado, inteiro, para mim o melhor do Chico César junto ao Quniteto da Paraíba. A canção é difícil, cheia de recortes.

Hoje eu a escutei novamente no carro e me debrucei em lágrimas. Eu não tenho capacidade para fazer isso, pelo menos que eu saiba.



Para quem quer ouvir:

http://www.4shared.com/mp3/I1DdanAn/1_Valsa_Para_3__Chico_Csar_.html

1 valsa para 3

Chico César


Nós três tão sós no salão sem par
Sem supor que o amor
E a valsa findam
E aí um de nós será
O mais triste, o mais só
Quem dera fosse eu
Só pra olhar pra você
Seguir sem mim
Vê os dois que vão
E algo falta
No arco do outro braço seu
sou eu
Dos três eu enfim sem chão, sem ar
Vou saber que o amor e a valsa findam
E aí dois de nós irão
De mãos dadas ao léu
Um deles fosse eu
Só pra voar com você
Dançar sem som, ir ao céu
Mas aí mesmo no alto
O amor que cala alça vôo também

Quem de nós dos três
Vai ficar só e chorar
Ou vai amar e sofrer
Viúvo ter ao lado
Noivo que não pode ser? Ah...
Qual de nós três, amor
Qual de nós dois
Quem dança agora, amor
Qual de nós três
FALTA UM PASSO, AMOR
Talvez vocês, eu
Vejo que a valsa finda
E ainda há nós três
Tão sós no salão sem par
Sem supor que o amor
E a valsa findam
E aí um de nós será
O mais triste, o mais só dos três

15.2.12

LIVRETO VIRTUAL DE POEMAS

Por enquanto e enquanto uma alma bondosa não transforma estas bobagens em um mini e-book gratuito, vocês podem acessar este link ou mesmo visualizá-lo na lateral deste blog para acessar uam coletânea de poemas meus.

http://www.slideshare.net/MauricioSantini/as-histrias-que-eu-contei-pra-mim-mesmo

14.2.12

O "eu" matou Whitney

Ela nasceu no dia 9 de agosto, uma leoa negra, africana, linda.
Falar da voz de Whitney Houston é chover no molhado. Suas interpretações eram impressionantes, sua força, sua fibra, a veia romântica blues, triste, melancólica.

No entanto, desta vez nem o Guarda-Costas do Universo conseguiu protegê-la de si mesmo. Whitney deu as costas para a vida numa banheira de lágrimas. O que houve?

Atolada numa vida de altos e baixos, entre álcool, drogas, anti-depressivos, remédios para dormir, Whitney não sabia lidar com o esquecimento. Bateu recordes e recordes de vendas de discos, espetáculos entupidos de loucos, TVs, rádios, cinema. Uma diva.

Todavia, o sucesso inebria, turva a visão. O sucesso é bem mais perigoso que o fracasso porque é um ópio, uma bebida prazerosa que pode levar à ruína. O sucesso bate nas tuas costas, te paga um drinque e te leva para caminhos tortuosos. O sucesso te sequestra para longe das pessoas que você ama, que te amam, e te carrega ao mundo das sanguessugas.

Quando todo seu fluido vital já for retirado da tua alma, você, jazida, sem energias, se entrega aos braços do fracasso. E parece que não tem mais volta... Mas, o que te trouxe de fato à escuridão? Foi a ilusão do sucesso. O véu de uma divindade que se tornou humana novamente. Assim, caímos de novo na condição de meros espectadores da vida, de seres normais, esquecidos e pouco amados. Sim, somos pouco amados...

Whitney morreu por excesso de "eu" e falta de amor.

Quando ela acordou, já não era mais nada. O sucesso havia sugado tudo. E o fracasso dormia com ela na banheira...

13.2.12

Deletar ou colocar em Quarentena? Perdão total ou parcial?

Tem gente que perdoa, mas não esquece. Tem gente que esquece, mas não perdoa. Acho que quem não esquece, não perdoa. Eu não posso ser hipócrita e dizer que perdoei se não esqueci. O fato de você não esquecer é que não perdoou. Há coisas que a gente deixa de sentir porque esqueceu, mas se a gente é lembrado, isso volta a incomodar.

E eu me deparo com a questão do perdão... Perdão veio das palavras latinas "per donaire" - a frase significa "para se dar".

Penso que temos que dar indulto, libertação para todas as pessoas. Mesmo porquê se a gente não libertar, nós é que ficamos presos. No entanto, isso não significa que a gente admire, goste ou ame o que fizeram contra nós. Eu detesto. Se eu fui traído, não posso gostar de ter sido traído, não vou esquecer isso. Mas, também não vou ficar lembrando pela eternidade. O fato de ter esquecido o fato já é um sinal de perdão, mesmo que seja temporário. Mas, se a pessoa cometeu o delito faz questão de lembrá-lo, não posso ficar satisfeito com a lembrança.

Nós somos um arquivo de memórias ancestrais. E como computadores, se acionarmos um arquivo infectado, significa que este arquivo foi posto em quarentena e não deletado. O perdão total é deletar este arquivo. O perdão parcial é colocá-lo em quarentena. Há coisas que a gente coloca em quarentena, outras a gente deleta. É normal no mundo da computação humana.

10.2.12

1 - O FILHO DO RECLUSO - SÉRIE "IGUARIAS E ZOMBARIAS MUSICAIS"

Assim como do céu podemos ir para o inferno, eu inauguro a Série "Iguarias e Zombarias Musicais", para contrabalancear a minha série de 100 melhores músicas do Brasil.

Para começar, uma canção portuguesa, que foi tema deste verão (?) para mim em Portugal.
Trata-se do "O Filho do Recluso", de Júlio Miguel e Leninha. Eu já tinha escutado esta canção nas jornadas esportivas da Rádio Bandeirantes.

Reparem na frase: "o meu pai está chufrendo...".
E como ele fala o filho do reculuso...
E como ele declama este poema de Fernando Piçoa.(sic total)...

Deleitem-se:
http://www.youtube.com/watch?v=0H8DVuETncc

8.2.12

8 - AMOR EM PAZ - SÉRIE "AS 100 MELHORES MÚSICAS DO BRASIL"

Amor em Paz é uma das bossas mais sofisticadas e tristes que eu já escutei. Foi feita em 1960 por Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Morais. Certo dia , escutei a versão do Zé Renato, ex-Boca Livre, cantando esta música e fiquei inebriado. Também gravaram João Gilberto, Adriana Calcanhoto, entre outros.  Também me recordo que, numa madrugada em Paraty, uma cantora e seu violão, murmuravam baixinho esta canção.

Acesse o site do Zé Renato e clique num dos vídeos. A canção Amor em Paz está lá:
http://www.zerenato.com.br/fotos-videos.php

http://www.letras.com.br/tom-jobim/o-amor-em-paz

O que falta e o que me sobra

Aqui escrevo o que me falta e o que me sobra:

Falta: andar pela praia a noite, fogão à lenha, vela acesa num casario histórico, romance de verdade, cafuné, espumantes gelados, barco com cabine, uma filha, gravar um cd, tomar banho de cachoeira, festas à beira da piscina, luaus, saraus, beijos que colam na alma, paciência;

Sobra: esperar que tudo isso aconteça.

7.2.12

CUIDADOS COM O FILHO DA P...


Alessandro era meu amigo e tinha menos de 18 anos. Esguio, magro e um coração de leão bondoso. Todos gostavam de Alessandro. Menino bem educado. Bem educado? Mas, por quem? Alessandro tinha um trauma cortante. Ele se lembrava com frequência que sua mãe o deixava todas as noites na vizinha para trabalhar. O pai não queria saber do menino. E ele cresceu assim, meio que de mão em mão. Mais tarde veio a saber que asua mãe era,a na verdade, uma prostituta e o seu mundo desabou. Se a "profissão" de garota de programa fosse coisa boa, não haveria xingamentos..., dizia ele.
Quando chegou à adolescência, Alessandro desapareceu de casa. Foi nesse ínterim que eu o conheci e o acolhi. Alessandro era espiritualista, o que facilitou a nossa aproximação. Vira e mexe, o rapaz tinha crises fortíssimas de depressão e chegou algumas vezes a pensar e tentar o suicídio. Hoje, Alessandro constitui família, tem dois filhos e sumiu do mapa. Mas, fiquei feliz que ele, agora homem feito, havia se arrumado na vida.

Contei essa história porque hoje escutei uma garota de programa, na padaria, falando com seu filho pequeno pelo telefone. A moça o aconselhava a estudar e a se comportar. Pensei: que pena! Enquanto seu filho tenta se comportar, ela mesmo não se comporta e faz programas com sabe lá quantos homens por dia.... Qual moral terá com seu filho mais tarde?

Não será possível esconder sua vida desregrada por muito tempo. Acompanhada de prostituição está a cocaína, o álcool, entre outras torpores que ajudam a encarar a barca...
Sim,  o menino vai crescer com a informação de que a mãe... E novos traumas virão. Novas depressões. Novas tentativas de suicídio. Enquanto ela, mais tarde, terá perdido a sua vida.

Não se trata de julgamentos. Só gostaria de mostrar um pouco do estrago que elas promovem para si mesmas e para os seus afetos por não se comportarem...

6.2.12

Se quer Amarração no Amor, Liberta!

Uma amiga minha pediu para que eu indicasse alguém para fazer uma "amarração no amor".
Como posso apontar alguém para algo que não creio ou admiro? Quer amarração no amor? Então, LIBERTA!

O amor só conhece uma linguagem: a da Liberdade! Se há alguma intenção escusa de prisão ou detenção, isso não funciona com o Amor. Porque o Amor, para ser expressado e vivido, deve ser livre.

Mas, nenhum "pseudo-sacerdote" que se preza faz qualquer "trabalho" deste tipo. Mesmo porque esta magia depende de seres trevosos ou sombrios que pedem energias em troca. Mesmo trocando, o sacerdote e a pessoa que comete este tipo de amarração ou outra qualquer, fica refém. Além do que, magia tem prazo de validade e tudo vai por água abaixo tempos depois. Mais um detalhe: não é amor, é encantamento. Assim como a serpente fica paralisada com a música, quando esta canção termina, a serpente se recolhe. E ela pode te picar... Toda a amarração arrebenta porque é frágil. Uma relação forte se pauta no amor e não numa amarração.

Não há magias e encantamentos para quem tem coração limpo e mente sã.

Se você pensa em fazer amaração, amarrada está a sua ilusão. Você não ama. Você é uma histérica e imatura, além do que, tem a autoestima no calcanhar.

Por que não pensa em "amarrar" o outro somente com o seu amor e com a alma livre?

3.2.12

A Vida Afetiva (?) das Garotas de Programa

Ontem, assisti ao filme "Maiores de 18", de 2003, com a belíssima atriz Juliette Marquis, uma das mulheres mais lindas que eu já vi. Não vou me ater à opinião técnica do filme, que é razoável, mas à temática. É sobre a vida de uma atriz pornô, que em nada difere de uma garota de programa, só em quantidade.

Não vou conara o fim do filme, mas a história me remete a muitos questionamentos, entre eles, como as garotas de programa, prostitutas e atrizes pornôs que, na minha avaliação, não tratam o sexo com respeito e consideração, lidam com suas vidas afetivas.

É uma curiosidade. Será que é unânime a questão da poligamia, isto é, que o homem é um animal polígamo por essência? Será que elas não possuem uma expectativa afetiva, por menor que seja? Será que elas não conseguem conectar seus corações? Será que não amam?

Estou longe aqui de criticar suas vidas desregradas, regadas com muito pó e bebida. Mas, gostaria de saber como estas pessoas, que não valorizam a sua vida afetivo-sexual, podem tratar seus sentimentos.

Certamente nenhuma garota de programa vai ler este blog, mesmo porque seus interesses são outros. Mas, não posso deixar de ficar intrigado com esta questão, haja vista que quase a unimidade das mulheres objetivam ser amadas a qualquer preço.

Essa é meta principal de uma mulher, não?

2.2.12

7 - JARDIM DAS ACÁCIAS - SÉRIE "AS 100 MELHORES MÚSICAS DO BRASIL"

Trata-se de uma viagem lisérgica que mistura rock, pop e new age, bem ao estilo apocalíptico do paraibano Zé Ramalho.

Quando comprei o disco "A Peleja do Diabo com o Dono do Céu", de 1980, para mim, melhor obra do Zé Ramalho, muita gente riu de mim. Minha família me perguntou quem era aquele cara com os dentes estragados e cabelo carapinha. Hoje, Zé Ramalho é um ídolo cult.

Jardim das Acácias é uma das canções que menos fez sucesso no disco. A letra nada mais é que a sintomatologia dos efeitos de uma droga. Sim, pode parecer polticamente incorreto e eu não sou adepto à ingestão de ácidos, mas que a canção é fantástica, isso é. A guiatarra é de Pepeu Gomes, no auge.

http://letras.terra.com.br/ze-ramalho/49369/

Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...