13.9.18

CONSELHOS DE UM ET DOS ANOS 80 PARA QUEM TEM CRISES DE PÂNICO

Quando eu tive Síndrome do Pânico, nos anos 1980, quase ninguém conhecia o mal. Sentia-me como um extraterrestre tendo alguma síncope venusiana. Seria loucura? Estava próximo o meu final? Cheguei a ter crises de pânico na praia! Depois de muitas psicoterapias, além de psicotrópicos diversos em medicamentos que "seguraram" a agonia, comecei a ter melhoras substanciais com o tempo.

No entanto, é preciso relatar que a espiritualidade me auxiliou e muito na retomada de mim mesmo. Além dos passes magnéticos e tratamentos em centros espíritas e de umbanda, a meditação, a musicoterapia, as massagens relaxantes e uma boa dose de leitura de obras de cunho espiritual tiveram um papel protagonista para o meu reequilíbrio.

O autocontrole é essencial para mitigar os efeitos do Pânico. Eu usava a afirmação de que nada daquilo que eu estava sentindo era, de fato, real. Mesmo que o físico apontasse sudorese (suor), que o coração acelerasse a mil, que a vertigem quase me fizesse cair, eu afirmava categoricamente para mim mesmo e para a minha sensação de morte: - isso aqui que você sentindo é uma ilusão, você não vai morrer disso, fique calmo, nada de mal vai te acontecer.

E assim, aos trancos e barrancos eu conseguia me convencer.

Então, se de alguma forma, a minha experiência ao inferno pode ajudar a alguém a sair desta jornada íntima ao umbral, aqui vão algumas dicas:

- Procure a ajuda de um psicólogo, mas não se esqueça que você precisa apagar o incêndio com medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos. Florais e remédios naturais também podem ajudar. Não seja tola ou preconceituosa. Você precisa nesse momento;

-Massagens terapeuticas, além de acupuntura, podem ajudar a relaxar o corpo, mas as meditações, sejam elas transcedentais ou guiadas, além dos exercícios de relaxamento mental com uma trilha sonora serena, ajudam a acalmar a mente;

- A mente mente. Então, afirme para ela: - fique quieta, nada disso que você me apresenta é real;

- Coloque na sua cabeça: você não vai morrer numa crise de pânico. Então, já que nada vai acontecer mesmo, procure se tranquilizar, vá fazer alguma coisa para distrair seu pensamento inquieto;

- Ore muito. Busque conteúdos espirituais. Se não conseguir ler, procure escutar palavras altivas e otimistas. Na internet você acha arquivos sonoros bem elevados e interessantes;

- Fuja das atrações e das pessoas que te levam mais para baixo;

- Sexo faz muito bem, mas procure uma parceria que não te traga mais problemas energéticos. Se tiver este parceiro, ótimo. Se não tiver, tudo bem, a hora vai chegar. Enquanto isso, procure sublimar pela arte, pela cultura e pela literatura que te preenchem;

-Saia do lugar, mesmo com um pouco de sacrifício. Se puder, viaje, passeie, no seu tempo, respeitando seus limites. Mas, não faça disso uma obrigação;

-Não fique sem comer. Procure um alimento que você adora ou que caia muito bem naquele momento. Se for chocolate, viva! Delicie-se. O importante é ter o prazer de salivar;

-O amor transforma. Fique perto de quem você ama. Seu par, sua família, seus amigos, seus bichos, suas plantas. Isso confere forças triplicadas para prosseguir.

E saiba, você não é a única que sofre disso, grande parte da humanidade passa por estes momentos. Diferente de mim, que me sentia um extraterrestre moribundo nos anos 80.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...