7.2.14

O Bêbado e a Paixão Desequilibrista


O Bêbado e a Paixão Desequilibrista
Por Maurício Santini

Assemelha-se a um porre. Quanto mais se bebe, mas se pensa que é feliz. Mais inebriado fica o ébrio, a tontura passional consome suas horas. E o pior é que se acha tudo lindo e perfeito!  

A paixão é tal bebedeira, confere uma total sensação de prazer e bem estar, porém a insegurança é fato. Cai-se acolá, levanta-se ali. Soluça-se de felicidade e lá se vai mais um copo... O bêbado acha que ama a bebida e cai novamente...

Frases amorosas são ditas: - você é o meu melhor amigo!; – você é o amor da minha vida!; -eu não vivo sem você!

A bebida faz isso, a gente fala as verdades mais mentirosas. A paixão dá no mesmo. Entoamos tanto o nosso pseudoafeto, tantas promessas, tantas luas, tantas declamações...

Assim como o bêbado, o apaixonado perde o foco em si para voltar seus olhos apenas para o objeto da sua bebedeira. E depois, desaba a chorar porque se projeta para fora e cai de novo. É um desequilibrista.
Com o passar do tempo e dos efeitos alcoólicos, o bêbado e o apaixonado começam a voltar a si próprios, a tonteira termina e a ressaca começa. Dores de cabeça insuportáveis, estômago emocional revirando e a sensação de estar vazio... Quarto escuro, dor e abandono.  

Quando desperta, ele percebe as quedas, os tropeços, as feridas e jura não querer beber mais novamente, até o próximo copo.


Fará tudo de novo até aprender a beber com moderação no AMOR. 

Um casal no Astral em foto obtida por TCI

Uma trans imagem me emocionou profundamente, um casal de braços dados andando ao ar livre em algum lugar do Plano Astral.  Antes que pensem ...