Soneto de um Mar
de Nós
Maurício Santini
Deixa
que os ventos sem afeto soprem em outra direção.
E
que o fogo frio em cinzas se dissolva e se consuma.
E
que a neve covarde se derreta em meu coração.
Antes
que a tarde rosa desapareça e suma.
E
que a manhã nascida “morra” toda a bruma.
E
teça acima das nuvens uma esfera de emoção.
E
que os meus olhos vestidos de chuva, assuma.
As
lágrimas caídas em dor e compaixão.
O
que a estrela desponta e aponta à exaustão.
É
essa combustão que me assola e me exuma.
Amor
que me chama em silêncio, chama em profusão.
Vou
vivê-lo em cada são momento e não será em vão!
Que
o vão que eu busco e que se verte em espuma.
Vem
de um mar de mim em ti que abraça nossa solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário