6.2.14

Soneto de um Mar de Nós


Soneto de um Mar de Nós
Maurício Santini

Deixa que os ventos sem afeto soprem em outra direção.
E que o fogo frio em cinzas se dissolva e se consuma.
E que a neve covarde se derreta em meu coração.
Antes que a tarde rosa desapareça e suma.

E que a manhã nascida “morra” toda a bruma.
E teça acima das nuvens uma esfera de emoção.
E que os meus olhos vestidos de chuva, assuma.
As lágrimas caídas em dor e compaixão.

O que a estrela desponta e aponta à exaustão.
É essa combustão que me assola e me exuma.
Amor que me chama em silêncio, chama em profusão.

Vou vivê-lo em cada são momento e não será em vão!
Que o vão que eu busco e que se verte em espuma.

Vem de um mar de mim em ti que abraça nossa solidão.   

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