15.4.20

RECOMEÇO


Amigos, acabo de receber esta mensagem por intuição. Talvez ajude muitas pessoas...
Vi a inspiração do Augusto dos Anjos, vi outras também, mas não recebi autoria.

Recomeço

Um corpo jaz inerte, gélido e estático depositado na terra.
Enquanto os vermes banqueteiam vorazes no jantar fúnebre.
As chispas estalam as madeiras, salamandras dançam uma ode à vida.
O fogo consome as migalhas do que restou...
Tudo que sobra é cinzas.
Todavia, não há nada mais belo que o recomeço.

O sólido se desfaz, a matéria mingua.
No entanto, não há fogo, ar, água e terra que desfaçam a alma.
Qual elemento interruptor pode apagar uma luz?

O espírito é imperecível, imbatível, indelével.
Os olhos humanos creem apenas naquilo que podem tocar.
Se se não se vê, não existe!
Ledo engano de quem nunca se viu como uma pluma ao vento.
Todavia, não há nada mais belo que o recomeço.

Não há tíbia, perônio, coxa ou calcanhar sem o caminhar do Eterno.
Não há pés que possam caminhar apenas sobre a terra.
Não há aparelho digestório sem a nutrição do pão que nunca apodrece.
Não há pulmão sem o ar incondicionado do Astral.
Não há voz que não cante seus mantras da existência.
Não há apenas a face que podemos acariciar com as mãos.
Há uma outra face da moeda, a face do real e do invisível.
Não há olhos que enxergam apenas o denso e o tenso.
Não há cérebro, cerebelo, bulbo e medula autossuficientes.
Todavia, não há nada mais belo que o recomeço.
E este, só se dá no fim daquilo que insistentemente chamamos de vida.

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