10.1.17

NÓS, ESTES ESCRAVOS ATRÁS DAS MIGALHAS DA VIDA

Visualize um Deus que cria a humanidade e decreta: - Você só continuará vivo se ganhar dinheiro!

Como um estudioso da espiritualidade e da metafísica admito que a grana é uma energia como outra qualquer. Mas, se você depende dela, você está escravizado.

Agora me diga: e quem não está?

Em um mundo de formas, deformado, onde você deve ser o senhor de si mesmo e destas energias de sobrevivência, somos meros escravos fadados a perecer, caso estas energias nos faltem.

Daí, Deus criou as árvores, as matas, os mares, a areia, as frutas, as sementes, a montanha... e nada disso será seu se, pelo menos por um segundo, esta energia financeira, salvadora e corrosiva, faltar.

E tal energia está nas mãos de poucos, já que há muitos, mas muitos mesmo, com pouco e poucos, e nem tão poucos mesmo, com muito!

Se eu quero ver um respindo de mar, preciso dela.
Se eu quero banhar na cachoeira, também.
Até para comer uma fruta...

Então, a busca diária não está pela natureza e sim por ela, esta energia in"grata" que move o mundo.

Talvez, lá do outro lado da matéria, na espiritualidade astral, não haja neoliberalismos ou direitas radicais que apregoam a famigerada "meritocracia". Tolos, não há mérito na escravidão! Há sobrevivência.

Mas, aqui, onde vivo, e morro quase todos os dias, nós não podemos viver tudo.
Nós sobrevivemos para conseguir as migalhas da vida.

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