23.9.11

COM AÇÚCAR, COM AFETO E CALORIAS. ADOÇANTE NÃO ENGORDA, CARÊNCIA SIM.

Eu não costumo escrever artigos, poemas, textos sobre estudos científicos, no entanto esse tema é muito interessante: o uso dos adoçantes em substituição ao poder dulçor do açúcar.

Para quem deseja adoçar e tornar mais palatável uma bebida ou mesmo algo sólido e não quer ganhar as calorias da sacarose (açúcar branco refinado) deve adoçar com edulcorantes, isto é, adoçantes como sacarina, aspartame, sucralose, estévia, entre outros. Eu particularmente gosto mais do aspartame ou sucralose por terem menos sabor residual, mas são mais caros. 

Mas, gostos à parte, uma das informações mais interessantes que coletei durante um congresso de nutrologia em São Paulo, é que o adoçante não produz "serotonina", isto é, o hormônio que o cérebro fabrica para conferir uma sensação de conforto e prazer. Na visão do médico, basta 1 grama de açúcar e a serotonina é fabricada. Com os adoçantes isso não ocorre. Ora, se então acontece isso, o que engorda mesmo é a carência afetiva.

Lembro-me da canção do Chico Buarque, "Com Açúcar, com afeto", que relata que a mulher fez o doce predileto de marido para ele parar em casa.

O que buscamos é o prazer! E o afeto é um dos maiores prazeres da vida, senão o maior. Você pode transar tresloucadamente com uma garota, mas não garimpar nenhuma gota de carinho. Trocou o óleo, mas não trocou afeição. O prazer é instântâneo, mas não fica. Afeto permanece no corpo e na alma.

O que eu quero dizer é que as pessoas estão engordando porque estão magras de amor e afeição.

Lá vamos nós os solitários (e eu incluo aqui até os que têm parceiros..) buscar o afeto. Como não temos este afeto que nos nutre, projetamos isso na comida, no açúcar, nas calorias que nos conferem o hormônio do prazer, a serotonina. Os que não querem engordar, preferem os adoçantes. Mas, como os adoçantes não saciam os desejos de carinho, prazer e afeição, as pessoas desistem e sorvem aquele naco enorme de pudim, de bolo com bastante creme, de sorvetes com coberturas... E depois culpam os adoçantes que não resolvem...

O problema então está na carência afetiva que é substituída pelos alimentos. É como aquela piada. O magro chega na geladeira, como não tem nada, vai pra cama. O gordo vai pra cama, como não tem nada, vai pra geladeira.

Brincadeiras à parte, acho que o que mais falta no mundo mesmo é o amor e o afeto. Isso sim nos alimenta.

Quando as pessoas romperem suas infinitas defesas e medos das relações e se amarem pra valer, não precisarão de tanto açúcar, de tantos doces, de tantas bebidas e comidas prazeirosas.

O amor, o afeto, a ternura são os melhores nutrientes. Além de tudo, emagrecem.

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