Os seres humanos são engraçados. Vivem à cata das relações complicadas. E eu não fujo à regra...
Humanos desejam paixões ofegantes. Não é mais saudável um caso de amor que nos desse mais fôlego ao invés de tirar o nosso ar?
Fazemos loucuras para conquistar nosso objeto de desejo. Não é mais viável uma relação mais lúcida que nos deixasse sempre presentes?
Queremos amores palpitantes, que nos causem disritmias. Não é mais equilibrado que o coração bata no compasso sinusal?
E que os nossos olhos dilatem as pupilas e nos leve à cegueira da paixão. Não é mais inteligente um romance que nos fizesse enxergar mais?
Uma pessoa que fique martelando obcessivamente o nosso pensamento, o tempo todo, como se não houvesse outras ideias. Não é mais lógico alguém que nos ajudasse a fortalecer os nossos objetivos?
Um amor impossível, inviável, tenso, arrebatador. Não é mais natural uma pessoa possível, viável, tranquila e serena?
Algo que nos tire o pé do chão. Ora, se temos pernas e pés, não é mais interessante um amor que nos ajudasse a caminhar?
A gente não quer amor... A gente quer outra coisa que eu não sei o que é...
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