14.2.13

O VELHO E O ADOLESCENTE


O velho, que habita dentro de mim antes da hora, diz em voz baixa: - você está velho, não há mais esperanças, não seja ridículo!

O adolescente é inseguro e fica me puxando para o ímpeto: - o que será que aconteceu? O que vai acontecer? Será que... Faça alguma coisa!

Eu, Maurício Eu mesmo, o maduro, o experiente, fica no meio de um embate entre um e outro. Peço para o velho se ausentar, peço para o adolescente se acalmar. Quero me pegar no colo. Quero fazer carinho a me mim mesmo.

Estou, neste momento, fora de mim, fora do meu eixo. Do Maurício mesmo, o original, o que não é adolescente, nem tampouco, velho.

Um encontro se passa dentro de mim. É sofrível e doloroso, mas necessário. Uma travessia, um aprendizado que me faz chorar. Mas, é preciso prosseguir...

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