29.11.11

SINTOMAS DE UMA DOENÇA DO BAIXO-VENTRE

Eu não creio num Deus bonzinho. Eu acredito num mecanismo que move toda a vida do Universo. E essa Força muitas vezes nos proporciona provas de fogo.

Quem sabe ler os sinais que o Destino nos oferta é o que eu considero como sábio. Eu sou um aprendiz, ainda não sei decifrar muito bem, mas agora consigo pelo menos enxergar o que antes não via.

Acho que Deus nos manda ciladas de acordo com algumas tentações: sexo, poder, beleza, dinheiro, entre outros. Essas tentações são energias, não são boas, nem más. São energias. O dinheiro, por exemplo, é uma energia que pode edificar e construir, mas também, destruir, dizimar. É assim com a beleza também, Marilyn Monroe que o diga...

Acabo de passar por um teste de balística emocional. Este velho decrépito e inútil, caquético, patético e em estado terminal (ironias), resolveu cair nas garras perigosas de uma paixão descabida. Quem me conhece sabe que eu rechaço as paixões porque para mim são doenças bacterianas do baixo ventre. Eu, que me defendo e me precavenho sempre contra isso, deixei-me sucumbir pela beleza, pela juventude, por uma inocência inexistente.

Um sinal: cai de queixo, de boca no chão. Eu deveria ter percebido isso no primeiro dia. Armadilhas.

A pessoa em questão não tem absolutamente nenhuma culpa, é jovem, inexperiente, está no começo de um trajeto. Sim, é vaidosa, egocêntrica como qualquer mulher-menina. No entanto, não tem maturidade (e nem poderia ter...), está no caminho certo da sua idade cronológica. Eu é quem deveria me conduzir e proceder de maneira mais madura e consciente. Eu!!! Mea culpa.

Levantei-me. Tive que tomar algumas medidas drásticas. Estou triste. Mas, tenho que ter a hombridade de não usar nada de escuso ao meu benefício. Sofri com a decência de ser Homem. Ela é tão jovem, e tão sem dor, sem apego. Ela sorri e está certa.

Meu peito se fechou mais uma vez. Eu também tenho razão para isso.

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