29.8.11

LOPE e a poesia que encantava.

Ontem, domingo, assisti LOPE, filme espanhol com o excelente diretor brasileiro Andrucha Waddington e os atores Selton Mello e Sônia Braga. Gostei muito do filme, uma direção impecável. Mas, o que mais me chamou a atenção foi o tom lírico do filme, muito embora descambe também para o histórico. A película conta a história do maior poeta espanhol, Lope de Vega.

Como os poetas faziam sucesso antes, não? Eles eram reverenciados, amados, cultuados. Hoje, a gente vê o Anderson Silva do UFC como herói nacional...

Minha poesia jamais pode ser entregue a qualquer mulher - que não seja musa - porque corro o risco de ser taxado como um imbecil romântico, um molenga emocional, um gay enrustido... (vale lembrar que se eu fosse gay teria a postura ereta de me apresentar orgulhosamente como tal...). Todos os poemas de amor que fiz e entreguei às mulheres erradas (quase todas), colocaram-no na lixeira do esquecimento, e nunca me agradeceram nem com um abraço apertado. Se eu pudesse, eu teria tirado todos das suas mãos...

Poesia não ganha mais ninguém, só perde. As mulheres de hoje, nem todas, gostam de ogros musculosos, barrigas tanquinho, com um mínimo de teor e, principalmente, que alimentem seus desejos e suas histerias. Poucas são as musas que merecem ser tratadas como tal, com o perfume das palavras.

Quem gosta de coice, recebe coice.

Quem gosta de flores, abram as suas mãos e receberão um jardim. Fechem os olhos.

Um comentário:

  1. Anônimo29.8.11

    Eu nasci em outra época, não é possível!!! Sou romântica a moda antiga! rsrs
    Joaninha.

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