29.1.13

DE PARTIDA

Estou de partida do que me tira de mim mesmo.
Para as dores que não me têm respeito.
Para o velho que arrasta os meus dias.
Para o novo que cisma em não maturar.

Estou de partida para deixar quem eu amo se libertar.
Para que não pense em mim como escravidão.
Para que se vá com vontade de voltar.
Para que chegue com o afã de ficar.

Estou de partida da falta de ar.
Para que esta dor não perfure meu peito.
Para que o meu amor possa chamar.
Para não me deixar parar.

Estou de partida sem esperar.
Para que esta ida se torne uma volta.
Para que esta volta se torne uma vida.
E esta vida volte a pulsar.

Em mim. Em nós.

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