Nós somos tão sós... Mas, não será este o grande desafio e exercício da vida na Terra? A vida toda esperamos por alguém... Esperamos, esperamos... Essa nossa dependência emocional dos outros é o que tece a infelicidade no homem. Mas, como isso é uma espécie de “diário de bordo”, quero ter o direito de me queixar um pouco disso tudo e sobre a razão pela qual faz muitos dias que não tenho sequer uma experiência metafísica.
Há um dito popular que prega que o que mais tentamos ensinar é aquilo que mais precisamos aprender. E como posso notar esta realidade dentro de mim... Muitas vezes, vagueio como uma toupeira pelo mundo, levado pelos estados alterados da inconsciência emocional. E não tem jeito mesmo... Somos seres dependentes, carentes, vampiros da energia dos outros. Muitas vezes isso ocorre de uma maneira inconsciente. Mas, e quando estamos conscientes disso? Eu, por exemplo, sei de cor e salteado que a primeira lição de todo o ser em evolução é aprender a se amar por completo, assim como aos outros. A partir deste amor próprio que é uma ligação próxima ao Divino já que somos criações Dele passamos a entender o mecanismo das pessoas e reconhecer assim seus momentos. Porém, muita gente confunde “amor próprio” com egoísmo. Atrevo-me a dizer que o “egoísmo” é o símbolo máximo do apego ao eu inferior, enquanto que, o “amor próprio” é o reconhecimento do Absoluto em nós mesmos. É o significado da saudação “Namastê”, isto é, somos todos “nanodeuses” passeando pela vastidão do Macro-Universo, num tempo sem tempo algum. Entretanto, quem de nós aplica verdadeiramente essa divindade? Quem realmente conclama seu auto-amor e ama ao próximo como a si mesmo?
(excerto do livro "Eu, Pilatos"
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